Um disco indispensável: Racional (volumes 1, 2 e 3) - Tim Maia (SeRoMa Discos, 1975, 1976 e 2011)

Nos primeiros anos da década de 1970, nada podia parar o grande Tim Maia - um sujeito que batalhou para estar no mesmo nível que seus ex-companheiros de Turma da Tijuca e também do Clube do Rock - logo Roberto Carlos, Erasmo, Jorge Ben, Wilson Simonal entre outros. Passou um período tentando a sorte nos EUA de 1959 a 1964 - ano em que foi deportado de volta ao Brasil após ser preso em Daytona (Flórida) por roubo e porte de drogas e ao voltar para cá, viu agora um Brasil governado por militares e com um pouco do florescer da Jovem Guarda com Roberto e Erasmo se convertendo em Rei e Tremendão, Simonal se tornava um grande cantor de bossa nova e pioneiro do termo showman e um dos primeiros ícones do soul por aqui e Jorge fazendo uma forma diferente de tocar samba e bossa nova no violão. Foi até São Paulo - onde tudo realmente estava acontecendo, dois anos depois de voltar ao país, para buscar ajuda de seus amigos - quase não é notado no meio da euforia das fãs na saída do Teatro Record e com Eduardo Araújo ele conviveu no seu apartamento e aquele gorducho tijucano ensinou ao Bom o soul, e depois de gravar alguns compactos sem sucesso, produz o que se considera o primeiro álbum de soul feito no Brasil - A Onda é Boogaloo, do próprio Eduardo, editado em 1968 e com uma composição sua, Você, e depois que Roberto o procura para colocar uma de suas canções no tradicional disco lançado dezembro ou novembro pelo seu velho conhecido. Maia aceita o desafio e compõe para ele o tema de atmosfera soul-rock Não Vou Ficar, mostrando um amadurecimento na carreira do cahoeirense em 1969 e dando uma guinada na vida de Tim logo de cara, ganhando uma grana à beça. E depois que voltou ao Rio, prepara seu primeiro disco, ainda consegue uma música gravada por e com Elis Regina, logo o dueto These Are The Songs presente no álbum Em Pleno Verão, de 1970 - mesmo ano em que Tim lançava seu álbum de estreia com os sucessos Primavera (Vai Chuva), Eu Amo Você, Azul da Cor do Mar, Você Fingiu e ajuda logo a ter seu primeiro disco de ouro e a lotar casas de espetáculo Brasil afora. 3 anos depois e mais 3 discos seguidos na Polydor com sucessos grandiosos de primeira - Não Quero Dinheiro (Só Quero Amar), e as regravações inéditas de Não Vou Ficar e de Você, Idade, Canário do Reino, O Que Me Importa, Réu Confesso, Balanço, Preciso Ser Amado e outro clássico das rádios que é Gostava Tanto de Você  - além de fazer viagens a Londres e Paris sem compromissos artísticos, brigas com namorada e acaba brigando com a Polydor e decide sair da gravadora para assinar com a RCA Victor, um selo que contava em seu cast nomes como Nelson Gonçalves e Luiz Gonzaga, mais o grupo Os Incríveis, o brega Lindomar Castilho, o sambista Martinho da Vila entre outros e começa a preparar um repertório novo para o que seria seu disco duplo - sim, um disco duplo! Mas antes, uma paradinha na casa de um amigo.
Livro "Universo em Desencanto", que mudou o rumo da vida
de Tim Maia nos anos 70 e ajudando a fazer um dos seus melhores discos
De contrato com gravadora nova, preparando um disco novo que os fãs esperavam tanto, a crítica esperava tanto e a gravadora idem, ele foi à casa do amigo e compositor Tibério Gaspar - autor de várias canções feitas com Antonio Adolfo, como BR-3 que Toni Tornado emplacou com o Trio Ternura no V Festival Internacional da Canção (FIC) na final nacional, e também Sá Marina - grande clássico de Wilson Simonal que ficou conhecido também nas versões de Sérgio Mendes e do jovem soulman americano Stevie Wonder, e também de Teletema - música que ficou imortalizada na trilha sonora da primeira grande novela da TV Globo, Véu de Noiva (1969) escrito por Janete Clair e gravado pela cantora Regininha e depois pelo próprio Erasmo inclusive. Ao chegar na casa de Tibério, ele viu um livro e descobriu que este não era um livro qualquer, mas sim Universo em Desencanto, uma espécie de Bíblia Sagrada - com vários volumes (mais de mil!) - da Cultura Racional, uma religião misturando espiritismo, umbanda e até ufologia - quase uma prima brasileira da conhecida cientologia, de L. Ron Hubbard (1911-1986). Mas, a Cultura Racional, surgida no RJ com sede num antigo templo espírita após a chegada de Manoel Jacintho Coelho (1903-1991) dizendo que começava uma nova era. No livro, podemos descobrir que somos oriundos de um mesmo Deus que se chama Racional Superior e que as plantas, os animais e nós mesmo, humanos, somos passageiros e que estamos na Terra buscando nossa origem e que existem o verdadeiro e o falso espiritismo. O síndico mergulhou de cabeça nessa jornada da Cultura Racional, e assim começando também a frequentar em Belford Roxo a sede do templo e tendo convívio com o próprio Manoel Jacintho, considerado o Grão-Mestre, e deixa os vícios de lado e parar de comer carne. Sexo? Só para procriação. Com a melhora da sua saúde, sua voz tinindo e de forma precisa, ele estava se imunizando aos poucos e os primeiros sintomas da sua mudança foram notados em apresentações, como em 8 de agosto de 1974 na inauguração do Teatro Bandeirantes, o palco dos espetáculos da TV Bandeirantes (hoje somente Band) em São Paulo e na hora de apresentar a música Que Beleza, anunciou que estava lendo o tal livro Universo em Desencanto e puxou Que Beleza - que também levou o nome de Imunização Racional - o público ficou surpreso com essa novidade, e Tim estava começando a levar mais a sério do que nunca isso. Tá, mas, e aí, e o tal disco duplo de 1974 na RCA Victor que ele estava preparando de forma tão ambiciosa? Então, depois de começar a se aventurar com os ensinamentos de Manoel Jacintho, as letras que, antes prontas, sofreram alterações e já tinha acrescentado várias coisas influenciado pelo livro e pela seita. Porém, a RCA Victor se opõe à proposta religiosa de Maia, a de promover a Cultura Racional em forma de disco duplo e ele decide chutar o balde e fundar a própria gravadora, a Seroma Discos - o nome vem das iniciais de seu nome, Sebastião Rodrigues Maia e que também leva o nome da banda. E, o seu disco Racional foi lançado a princípios de 1975 pela sua própria gravadora, contava com um time de músicos como Beto Cajueiro no baixo, o seu parceiro Paulinho Guitarra, Robson Jorge nos teclados e guitarra, Robério Rafael e Luiz Carlos na bateria, Serginho no trombone e Oberdan Magalhães no sax e flauta, essa banda ajudou a propagar um soul de tons gospel como pouco se viu na MPB e o disco que levou o nome de Racional ajudaria a mostrar um Tim cantando perfeitamente sem drogas e álcool na melhor forma possível. 
Para abrir o disco - o volume 1, já contamos de cara com um soul viajandão de primeira e positivo nos versos, estamos falando de Imunização Racional (Que Beleza), falando das coisas boas, de viver com a natureza embalado pelo "uh uh uh que beleza" e o arranjo instrumental é digno de um soul-funk setenteira de vez; na sequência uma vinheta de 25 segundos de Tim acapella louvando Manoel Jacintho nos versos curtos e rápidos de O Grão-Mestre Varonil mostrando sua potência vocal e sua admiração ao guru nesse canto; em seguida, temos aqui um tema brilhante e que soa até um tanto autobiográfico para Tim, nos versos de Bom Senso, falando do que viveu e passou e que descobriu no livro o poder da Imunização Racional, aqui a cozinha musical não faz feio e tem uma forte presença de orquestra e um solo de guitarra belíssimo, e temos pela primeira vez o merchan do livro "leia o livro Universo em Desencanto" e não dá um tropeço por aqui; e a próxima música novamente também é uma vinheta de 15 segundos, com versos bem influentes "eu tive que subir/lá no alto/para ver..." de Energia Racional, que, aparenta aqui uma mistura de acapella com spoken word que prossegue em algumas canções do disco; a seguir, uma balada soul com cordas e sopros recheadas de suavidade em Leia o Livro Universo em Desencanto que não perde essa essência mezzo gospel mezzo misticismo que perdura nos versos curtos, mas carregados de melodias que não decepcionam quem ouve; e a música seguinte também têm esse peso de balada com suavidade, e logo essa suavidade traz até falsetes de Tim cantando delicado em Contato Com o Mundo Racional, de influência forte de suingue, mostra um violão alucinante e um baixo pulsante na letra em que fala sobre o momento em que entramos em contato com esse Mundo Racional e sem esquecer a forma de propaganda da religião através dos versos; na primeira parte do disco, ainda se desfilam temas que focam no conceito da Cultura Racional, com arranjos surpreendentes, e uma destas faixas é Universo em Desencanto - que soa até como um resumo do livro, traz uma boa pegada e ajuda a explicar a origem de onde viemos até aparecer mais outra forma de divulgar o livro nesta música; outra vinhetinha que aparece depois da música anterior, desta vez Tim capricha no inglês em You Don't Know What I Know, e fala sobre a pessoa não saber o que um Racional sabe e ainda chama o livro de "The book of God" mostrando em 38 segundos sua potência incorporando um nível de cantor gospel numa voz mais limpa como nunca; fechando de vez o volume 1, temos aqui uma interpretação digna de um soulman americano na belíssima Rational Culture, um prog-funk com mais de 12 minutos impressionantes na parte vocal e instrumental, uma letra em inglês, baixo, órgão e bateria arregaçando pra valer e sem errar feio aqui na mensagem de Tim no idioma universal mais falado por aí mundo afora.
E vamos falando mais e mais do Racional por aqui, agora do volume 2, desta vez, com parcerias, uma vez que todo o repertório do primeiro volume é 100% autoral do próprio cantor. A começar pela faixa de nome Quer Queira Não Queira - de parceria com o velho camarada Fábio e aqui ele explica que a Cultura Racional não é doutrina, seita, história, ciência ou religião e seguindo a louvar com todas as forças as coisas, falando sobre a forma de ser imunizado e o básico de sempre como se sabe; um compositor que contribuiu para o repertório desta fase foi o saudoso Edson Trindade, o mesmo da clássica do repertório do rei, Gostava Tanto de Você, aparecia aqui com a letra de Paz Interior, de arranjo semelhante à faixa de 1973, também parece autobiográfica se prestarmos atenção em cada verso da música; vindo de um trio de amigos, eis que aparece no repertório um tema de grande destaque nesse repertório de sua fase, falo aqui sobre O Caminho do Bem - escrita por Paulo, Beto e Sérgio - possivelmente os dois primeiros seriam Paulinho Guitarra e Beto Cajueiro, que contribuíram com esse soul-rock viajandão que nos faz se sentir imunizados com a Energia Racional através dessa música, e depois entraria na trilha sonora do filme Cidade de Deus em 2002, de Fernando Meirelles e Kátia Lund, despertando um interesse na música que aparecia naquele filme; e, para a surpresa de muitos aqui, ainda temos a mesma música que era vinheta no volume 1 onde Maia fala que precisou subir lá no alto para conseguir ver o que muitos consideram a verdadeira luz da humanidade e aqui Energia Racional, desta vez, com uma versão mais longa, totalmente musicada e uma vibe que nos impressiona de vez, com os versos da vinheta do volume 1 desta vez cantando - uma versão melhor da outra; voltando com tudo, ainda temos aqui a música Que Legal, que é mais do mesmo, etc. e tal, mas nada se compara aqui ao Tim cantando de forma mais limpa, seguindo com o enaltecimento da filosofia que soa como um mix umabanda e ufologista com espitismo - ok, a parte instrumental é de impressionar nomes como Sly Stone, James Brown, Isaac Hayes,  dentre outros com a qualidade do groove e do balanço que cada música apresenta, inclusive esta; ainda podemos contar com outro hino do movimento, e levando o nome mais simples e fácil de reconhecer, Cultura Racional, de tom mais sofisticado e baladista foi escrita por Cajueiro, não se vê a perda do brilho sonoro e vocal de Maia, que, parafraseando Gardel, cada día canta mejor, e neste trabalho ele prova isto; ainda com mais músicas de outros autores presentes no repertório, sobra para Robson apresentar seu lado compositor em O Dever de Fazer Propaganda Deste Conhecimento, e aqui o tijucano canta sobre os ensinamentos e sobre a missão de propagar a Cultura Racional de qualquer forma - e soa como um tutorial, as cordas dão um brilho nos arranjos que nos deixam fascinados ao ouvir; na sequência, a música seguinte fala de como os cantos da África lusitana se sentiriam lendo os livros - e Guiné-Bissao, Moçambique e Angola Racional e que nos faz sentir também, como pede Tim "numa relax, numa tranquila, numa boa" com um funk balançado de primeira, outro ponto alto do disco; e, encerrando o segundo volume da fase, ainda temos uma releitura da mesma Imunização Racional (Que Beleza) que abria o primeiro volume, meio que uma reprise, numa mistura de sambalanço e soul que dá vontade de dançar em qualquer pista pra valer.
Quando lançou os dois discos, a fase místico-religiosa de Maia já havia acabado e não teve uma longa duração como muitos queriam que fosse, na época estava sem show para fazer, sem grana e com dois filhos para criar - o primeiro era Márcio Leonardo, o Léo Maia, filho de sua então namorada Geisa mas não com ele, e sim com um jogador de futebol (que Tim criou como filho), e o outro sim era legítimo dele, Carmelo Maia - que era para se chamar Telmo, como o próprio Tim vivia o chamando. Sem poder "mandar brasa" com a companheira, e dispensado por Geisa após o seu efêmero fanatismo, morando em Belford Roxo, ele estava com vontade de beber e fumar e começou a suspeitar de Manoel Jacintho e jogou fora todos os restantes dos exemplares, fabricados na Tapecar, distribuidora brasileira da Motown à época, e queimou além dos LPs e dos livros as roupas brancas. Jamais tocou no assunto depois de anos, nem em entrevistas se falava nisso, tinha um nojo enorme por qualquer coisa ligado ao Racional e ao guru, e ainda não autorizava regravações de nenhuma das músicas desta fase. Mas, conseguiu autorizar que Marisa Monte regravasse uma das suas músicas, logo a Que Beleza, em 1995, e Gal Costa lançou em seu álbum Aquele Frevo Axé em 1998, meses depois da morte de Tim em 15 de março. O disco - os dois volumes e originais, por serem raríssimos de achar no mercado, ele custa uma grana imensa e não é brincadeira não, os preços vão de, imaginem só, de R$1300 até a R$2000, mesmo com a capa, o bolachão e o encarte conservado. Mas, existem várias reedições oficiais e bootlegs (piratas, não-oficiais) feitas de uns anos pra cá e os preços não tendem a ser mais gordos do que isto, e até mesmo reedições em CDs e uma das únicas edições oficiais é a que a Trama fez em 2006 do volume 1 e você pode até encontrar por um preço acessível. Anos depois, a editora Abril revitalizando seu núcleo de coleções, iniciou em 2010 uma série de livro-CDs com artistas diferentes e o primeiro foi Chico Buarque em 2010 e Tim teve a sua em 2011, com os dois volumes reeditados definitivos e uma novidade - o terceiro volume, muito inédito, com gravações prontíssimas (mas nunca lançadas oficialmente), pois Tim havia renegado os discos e a fase, e com a produção de Paulinho Guitarra e de Alexandre Kassin, eles melhoraram as gravações que já haviam aparecido para download (mesmo de forma ilegal) com uma remasterização de qualidade, mas um pouco mais fraco que os dois volumes. Mesmo assim, bora fazer um faixa-a-faixa e terminamos o bailado aqui: começamos com um soulzinho balançado cuja intro lembra até What's Going On, mas é a faixa É Preciso Ler e Reler, dando as mesmas instruções, a de ler mais vezes e entender para conseguir chegar ao local, nada de novo no conceito das letras; mais em diante, temos aqui uma canção inédita e em inglês de nome I Am Rational, que não perde o suingue e nos faz continuar a compreender os ensinamentos no idioma inglês e numa pegada bem Sly And The Family Stone que não erra em nenhum acorde de jeito nenhum; em seguida, outro tema que incentive o ouvinte a pegar o livro e ler é mais uma vez o que Maia queria cantar em Lendo o Livro, mais balançado, aceleradinho e com um arranjo de cordas que não deixam de perder o destaque instrumental aqui; aqui ainda sobra espaço para temas mais leves nos arranjos e um dos poucos temas que realmente se destaca no terceiro volume, estamos falando de O Supermundo Racional, que além de trazer um incrível arranjo de cordas, conta também com uma das melhores definições sobre do que se trata esse supermundo nos 5 minutos que duram esta música; agora, ele consegue se aprofundar um pouco mais poeticamente e musicalmente sobre o universo Racional e nos mais de seis minutos de Nação Cósmica, ele consegue falar que o Brasil é uma e propaga as mensagens que parecem ter sido retiradas do livro e de uma forma spoken word (quase um rap, dá pra acreditar!?) acompanhado de um bom instrumental viajandaço, um soul psicodélico que não erra, apesar de ter aomda uma breve citação de Energia Racional nos versos logo no final; o terceiro volume encerra de vez com Que Legal, numa versão totalmente mais trabalhada e cheia de influências até de música latina pelo que se pode notar no ritmo, muito diferente da original do segundo volume, mas que agrada até. Apesar de ter mandado a Cultura Racional para aquele lugar, ajudou muito também a ganhar culto por gente como os Racionais MC's - foi do próprio disco que tiraram o nome, e por DJs do mundo todo que descobrem esse lado semi-obscuro da MPB ao longo dos anos. Em outubro de 2007, a revista Rolling Stone completou um ano no Brasil e para a edição comemorativa, além de estamparem um Fausto Silva na capa, colocaram a lista dos 100 Melhores Discos Brasileiros - e olhem só! - o volume 1 de Racional figura no 17º lugar enquanto o segundo está na 49ª posição, é mole?! Mesmo com todos os contras que o cantor teve com o disco e a "seita", bora curtir essa obra numa relax, numa tranquila e numa boa como se deve.
SET DO VOLUME 1:
1 - Imunização Racional (Que Beleza) (Tim Maia)
2 - O Grão-Mestre Varonil (Tim Maia) - vinheta
3 - Bom Senso (Tim Maia)
4 - Energia Racional (Tim Maia) - versão vinheta
5 - Leia o Livro Universo em Desencanto (Tim Maia)
6 - Contato Com o Mundo Racional (Tim Maia)
7 - Universo em Desencanto (Tim Maia)
8 - You Don't Know What I Know (Tim Maia)
9 - Rational Culture (Tim Maia)
SET DO VOLUME 2:
10 - Quer Queira Não Queira (Tim Maia/Fábio)
11 - Paz Interior (Edson Trindade)
12- O Caminho do Bem (Beto/Sérgio/Paulo)
13 - Energia Racional (Tim Maia)
14 - Que Legal (Tim Maia)
15 - Cultura Racional (Beto Cajueiro)
16 - O Dever de Fazer Propaganda Deste Conhecimento (Robson Jorge)
17 -  Guiné-Bissao, Moçambique e Angola Racional (Tim Maia)
18 - Imunização Racional (Que Beleza) (Tim Maia) - 2ª versão
SET DO VOLUME 3 (INÉDITO, 2011):
19 - É Preciso Ler e Reler (Tim Maia)
20 - I Am Rational (Tim Maia)
21 - Lendo o Livro (Tim Maia)
22 - O Supermundo Racional (Tim Maia)
23 - Nação Cósmica(Tim Maia)
24 - Que Legal (Tim Maia) - 2ª versão


ÁLBUM "RACIONAL VOLUME 1 &2" COMPLETO

FAIXAS DO VOLUME 3














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