Um disco indispensável: News Of The World - Queen (EMI Music/Elektra Records, 1977)
 Colher os frutos de um sucesso tremendo em menos de cinco anos para uma banda como o Queen é algo incrível e gratificante, pois com os discos que sucederam os dois primeiros (1973 e 1974) eles conseguiram ir mais além nas suas músicas, e eles só conseguiriam atingir o ápice em seu quarto álbum, a magnum opus A Night at The Opera (1975) a grande cartada de mestre de Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon foram transformando suas canções em obras de arte - no caso do grande hino da banda, o clássico de quase seis minutos Bohemian Rhapsody onde misturam rock com ópera, agora a banda precisava manter o pique e lançar discos que seguissem com o que estavam fazendo de melhor, e seguiram na estrada fazendo grandes concertos para multidões mundo afora. Em um ano, a banda estava com o disco na casa das 6 milhões de cópias vendidas e se tornando um fenômeno do pop rock a nível Beatles, Stones e Zeppelin: o que impressiona muitos de nós até hoje. Em dezembro, eles presenteiam seus fãs ao redor do mundo com seu sucessor, intitulado A Day at the Races, inspirado mais uma vez em um nome de filme dos Marx Brothers (1937), com quase a mesma estética de arte gráfica, mas os críticos torceram o nariz. O disco mantêm todo aquele exagero e perfeccionismo sonoro que a banda conseguia colocar, apesar de ter emplacado diversos sucessos, em especial Tie Your Mother Down e a balada com corais gospel Somebody to Love - nada mal, mesmo. O grupo estava começando a mostrar de vez que sempre tinham total liberdade para poderem criar suas músicas, fazerem trabalhos tão originais que ajudaram o grupo a dominarem o mundo. Pois é, após desentendimentos com empresários, discussões com gravadoras e outros fatos que mostram que fazer parte de uma banda de rock sempre foi muito mais do que brigar por dinheiro e sucesso do que somente tocar e encher casas de espetáculos mundo afora, parece que agora estava (quase) tudo resolvido. Esse disco acaba encerrando a jornada de canções de vaudeville que estavam sendo marcas registradas desde Sheer Heart Attack (1974) e eles precisavam se tornar uma banda mais diferenciada e mostrarem sempre o melhor, como sempre. O sucessor de A Day at the Races conseguiu se mostrar algo muito mais, pois embora sido lançado numa época em que o mundo se dividia - como eu já disse em posts sobre álbuns deste período dos anos 70 - entre o punk e a disco music, mas que, mesmo assim, o Queen seguisse a agradar todo mundo, não importando o que estivesse emplacando de gênero naqueles últimos suspiros dos anos 70.  E no caso de Races, sem o produtor Roy Thomas Baker cuidando de quase tudo, o segundo álbum da banda em que eles não gravam nada no Trident Studios - uma vez que tivessem rompido com os donos do selo/estúdio, e o segundo com eles produzindo e com a ajuda de Mike Stone, que havia sido engenheiro deles nos três primeiros álbuns. O álbum misturaria um pouco de tudo novamente na sonoridade da banda, da rumba caribenha - olhem só! - ao punk rock e do blues ao rock de arena, aquele rock que faz sucesso com o público nos ginásios e estádios mundo afora, sem aquele tanto de perfeccionismo nos arranjos, eles preparam News Of The World - o nome do sexto disco - no período de julho a setembro de 1977 em Londres nos estúdios SARM e Wesssex, nesse último, onde também estava uma galera da pesada fazendo barulho para lançarem Never Mind The Bollocks - uns tais de Sex Pistols aí.
Colher os frutos de um sucesso tremendo em menos de cinco anos para uma banda como o Queen é algo incrível e gratificante, pois com os discos que sucederam os dois primeiros (1973 e 1974) eles conseguiram ir mais além nas suas músicas, e eles só conseguiriam atingir o ápice em seu quarto álbum, a magnum opus A Night at The Opera (1975) a grande cartada de mestre de Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon foram transformando suas canções em obras de arte - no caso do grande hino da banda, o clássico de quase seis minutos Bohemian Rhapsody onde misturam rock com ópera, agora a banda precisava manter o pique e lançar discos que seguissem com o que estavam fazendo de melhor, e seguiram na estrada fazendo grandes concertos para multidões mundo afora. Em um ano, a banda estava com o disco na casa das 6 milhões de cópias vendidas e se tornando um fenômeno do pop rock a nível Beatles, Stones e Zeppelin: o que impressiona muitos de nós até hoje. Em dezembro, eles presenteiam seus fãs ao redor do mundo com seu sucessor, intitulado A Day at the Races, inspirado mais uma vez em um nome de filme dos Marx Brothers (1937), com quase a mesma estética de arte gráfica, mas os críticos torceram o nariz. O disco mantêm todo aquele exagero e perfeccionismo sonoro que a banda conseguia colocar, apesar de ter emplacado diversos sucessos, em especial Tie Your Mother Down e a balada com corais gospel Somebody to Love - nada mal, mesmo. O grupo estava começando a mostrar de vez que sempre tinham total liberdade para poderem criar suas músicas, fazerem trabalhos tão originais que ajudaram o grupo a dominarem o mundo. Pois é, após desentendimentos com empresários, discussões com gravadoras e outros fatos que mostram que fazer parte de uma banda de rock sempre foi muito mais do que brigar por dinheiro e sucesso do que somente tocar e encher casas de espetáculos mundo afora, parece que agora estava (quase) tudo resolvido. Esse disco acaba encerrando a jornada de canções de vaudeville que estavam sendo marcas registradas desde Sheer Heart Attack (1974) e eles precisavam se tornar uma banda mais diferenciada e mostrarem sempre o melhor, como sempre. O sucessor de A Day at the Races conseguiu se mostrar algo muito mais, pois embora sido lançado numa época em que o mundo se dividia - como eu já disse em posts sobre álbuns deste período dos anos 70 - entre o punk e a disco music, mas que, mesmo assim, o Queen seguisse a agradar todo mundo, não importando o que estivesse emplacando de gênero naqueles últimos suspiros dos anos 70.  E no caso de Races, sem o produtor Roy Thomas Baker cuidando de quase tudo, o segundo álbum da banda em que eles não gravam nada no Trident Studios - uma vez que tivessem rompido com os donos do selo/estúdio, e o segundo com eles produzindo e com a ajuda de Mike Stone, que havia sido engenheiro deles nos três primeiros álbuns. O álbum misturaria um pouco de tudo novamente na sonoridade da banda, da rumba caribenha - olhem só! - ao punk rock e do blues ao rock de arena, aquele rock que faz sucesso com o público nos ginásios e estádios mundo afora, sem aquele tanto de perfeccionismo nos arranjos, eles preparam News Of The World - o nome do sexto disco - no período de julho a setembro de 1977 em Londres nos estúdios SARM e Wesssex, nesse último, onde também estava uma galera da pesada fazendo barulho para lançarem Never Mind The Bollocks - uns tais de Sex Pistols aí.O álbum já acaba sendo impressionante pela capa soando até um pouco creepy demais, ela surgiu depois que Roger Taylor sugeriu utilizar uma imagem de Frank Kelly Freas feita para a revista Astrounding Science Fiction em 1953 na qual um robô segurava um homem morto com a legenda "Please... fix it, daddy?" como uma forma de apresentar o conto The Gulf Between, de Tom Goldwin. A banda aprovou a ideia e foram buscar entrar em contato e Freas aceitou de cara, e no encarte interno mostra-se um monte de gente com medo de ser massacrada - surreal demais. Para abrir esse clássico da banda, nós temos aqui um tema que mostra a potência sonora do grupo com uma sequência de "pisada-pisada-palma" e uma pausa curta, e eis que nasce We Will Rock You, escrito por May e cantado por Mercury, um tema que só precisou de uma percussão feita pela banda batendo pé e palmas e com um solo arrebatador de May pra fechar com tudo; em seguida a faixa que surge adiante mostra Freddie ainda cantando um pouco baixinho nas primeiras frases, e a voz dele cresce rapidamente com a instrumentalidade - pronto! - aí temos outro hit, We Are The Champions, um tema que significa o canto da vitória e também uma celebração, surgida ainda no ano de 1975, mas só conseguiu encontrar seu espaço ideal neste álbum, e ganhou também o mundo todo; a próxima faixa que surge veio não já neste álbum, mas no terceiro álbum e leva o nome deste, Sheer Heart Attack, um flerte com o peso agressivo do punk nos arranjos e com Taylor cantando nos vocais, e a levada rítmica consegue superar-se, e não erra feio até aqui; mais em diante, a próxima música que faz parte do repertório traz algo mais doloroso e profundo - falamos de All Dead, All Dead aqui, escrito e cantado por May, e carrega esse sentimento de perda ao se lembrar sobre os amigos que já foram com mais presença de baixo e bateria, e o piano, uma pegada mais soft pelo que podemos notar; enquanto isso, a faixa seguinte, decide mostrar uma energia total no arranjo de balada, mas sem deixar de ser um puro rock presente no repertório do álbum - estamos falando de Spread Your Wings, uma letra perfeita escrita por Deacon e com uma interpretação massacrante de Freddie - o clipe desta e de We Will Rock You foram feitos no jardim de Roger Taylor na neve, e não mostra Freddie tocando piano como na música e a Red Special não é a mesma, pois Brian não quis colocar sua guitarra original nas condições climáticas que comprometia o grupo nas filmagens; para fechar o lado A deste disco, um momento a solo de Roger Taylor, um funk-rock bem heavy na levada, falo aqui é de Fight From The Inside, aonde ele assume todos os instrumentos, inclusive a guitarra e o baixo, como em Sheer Heart Attack, e esta faixa têm um dos riffs favoritos de Slash, do Guns 'N' Roses, essa é uma das faixas que vocês precisam ouvir e sentir esse peso todo da canção nos ouvidos, a energia vindo das guitarras.
No final das contas, o que o grupo mostrou neste disco, mostra mesmo que eles conseguiram agradar a cada disco que lançavam, e sem perderem o freio como aqui no sexto álbum deles, a repercussão foi tão grande e positiva que logo na tournée que promoviam este disco acabou ajudando e muito a manter o sucesso deles em alta e canções como We Will Rock You e We Are The Champions conquistaram as multidões nos shows que a banda faria até 1986 com os quatro ali presentes juntos. Estando em várias listas dos melhores álbuns dos anos 70 e também dos maiores de sempre, ele já virou uma senhora referência na cultura pop, vindo a ganhar aparição inclusive na animação Family Guy, onde o cachorro Brian começa a provocar Stewie toda vez com a capa do disco em mãos, até que ele decide deixar o medo e sente que aquilo era só uma capa de um disco. Nós somos os campeões do mundo na apreciação pelas notícias do mundo e pelo Queen eternamente.
Set do disco:
1 - We Will Rock You (Brian May)
2 - We Are The Champions (Freddie Mercury)
3 - Sheer Heart Attack (Roger Taylor)
4 - All Dead, All Dead (Brian May)
5 - Spread Your Wings (John Deacon)
6 - Fight From The Inside (Roger Taylor)
7 - Get Down, Make Love (Freddie Mercury)
8 - Sleeping on the Sidewalk (Brian May)
9 - Who Needs You (John Deacon)
10 - It's Late (Brian May)
11 - My Melancholy Blues (Freddie Mercury)







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