Um disco indispensável: Deadman Walk (EP) - Sonic Dash (Independente, 2014)

A cena roqueira paulista tem de tudo um pouco o que se pode escutar: desde o que se pode chamar de psicodelia vintage d'O Terno ou de uma coisa mais rock mesmo como Vespas Mandarinas, passando pelo pop alternativo de bandas cmo Supercombo e sem deixar de citar o punk dos Inocentes, Ratos de Porão e já os aclamados Ultraje a Rigor, Titãs dentre outros. Mas há bandas que também fazem bonito e não precisam mostrar a cara em programas de auditório dominicais tediosos, uma delas é da Zona Oeste da grande metrópole brasileira chamada Sonic Dash, fundado em 2012 como trio, embora já tocavam como quinteto desde 2010 quando o vocalista e guitarrista Jimmy Fucker, mais o baixista Pedro Henrique e o baterista Thales Freier, com o tecladista Felipe - se conheceram por meio do colégio Jimmy e Pedro - , decidiram começar a perambular pela cena com seu stoner-rock cheio de influências do que vão do heavy metal ao rock alternativo e cheio de riffs massacrantes e um impressionante timbre arrebatador sem se importarem com as comparações ou com qualquer problema relacionado ao volume das guitarras, já que no rock and roll muito se toca guitarra a todo volume. Depois de dois anos rondando por casas paulistas, o grupo consegue entrar em estúdio com o produtor Gustavo "Big Simão" nos estúdios Choque DB, num período que vai de novembro de 2013 a março de 2014 e lançado no mesmo ano, no dia 15 de junho, com enorme repercussão na internet e com o single principal do EP já rodando desde 25 de dezembro de 2013. Já se percebe bem que a banda faz rock com canções em inglês, no estilo de muitas bandas nacionais como Sepultura, Viper, Korzus e até mesmo o crooner do metal nacional Andre Mattos, mas nada que seja tão comparativo a estas bandas, para entender melhor Sonic Dash.
Pedro, Jimmy e Thales: o power-trio mais hard rock da cena paulista
com seu EP na boca do povo (Foto: Reprodução/Facebook)
A primeira faixa que abre o EP é uma verdadeira porrada mesmo, no estilo thrash metal, Deadman Walk, o primeiro single da banda é absolutamente uma verdadeira canção de hard rock e seguindo uma linha QOTSA-Sabbath-Metalica; já em Insomnia, você ouve a introdução e se lembra dos temas de abertura de desenho japonês, mas aqui o papo é absolutamente outro: uma levada bem crua, batidas ensurderdoras e versos que nos façam parecer realistas demais, o que se vê nas canções em português também e um dos melhores momentos do baterista Thales Freier; a introdução estilo música assombrante de filme de terror acaba antecipando Mad Mary, com uma introdução de guitarra bem vibrante e a voz de Jimmy não faz feio desde as primeiras faixas, porém, sua voz ganha potência na faixa Infinity Insanity, aonde o solo é muito arrebatador e com pegada bem matadora, e uma sequência instrumental que é digna de bandas do estilo thrash metal e do hardcore e o encerramento fica por conta de The Killing Joke, já soando como uma porrada definitiva para encerrar o disco/EP e com versos cinematográficos, como se fosse uma história de suspense e violência retratada sem deixar nenhum detalhe de fora dessa "história" e mostrando que ainda tinha mais barulho pra fazer e encerrando com um verso que serve como refrão "I will kill your parents, your sons and it's alright" (eu vou matar seus pais e seus filhos e está tudo bem - tradução livre) mostrando o lado mais maldoso nas letras do grupo e o resultado final: após a primeira escuta do EP, já sai querendo ouvi-lo o dia todo incansavelmente e também acaba caindo no agrado dos ouvidos. Com novas redes sociais e de compartilhamento de músicas na internet, o grupo está conseguindo aos poucos colocar sua música para um público além de SP e agora o foco deles é o festival Lollapalooza, que será realizado no Autódromo de Interlagos nos dias 28 e 29 de março deste ano: o grupo conseguiu expandir sua música para além dos MySpaces da vida e agora com a possível presença deles no festival, ajudando eles nesse link a seguir, você também está colaborando para o sucesso da banda pelo circuito alternativo do rock e a banda agradece.
Set do disco:
1 - Deadman Walk (Jimmy Fucker/Pedro Henrique/Thales Freier)
2 - Insomnia (Jimmy Fucker/Pedro Henrique/Thales Freier)
3 - Mad Mary (Jimmy Fucker/Pedro Henrique/Thales Freier)
4 - Infinity Insanity (Jimmy Fucker/Pedro Henrique/Thales Freier)
5 - The Killing Joke (Jimmy Fucker/Pedro Henrique/Thales Freier)














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