Um disco indispensável: Goo - Sonic Youth (DGC Records, 1990)
Para entendermos o que estava acontecendo na virada da década de 1980 para 1990, vamos dar um resuminho básico disto tudo: as bandas que dominavam o mainstream eram totalmente de um segmento voltado ao metal. Guns 'N' Roses, Def Leppard, Van Halen, Iron Maiden eram algumas desta bandas roqueiras principais, mas ainda haviam nomes do cenário alternativo que entraram de forma impressionante, a Inglaterra tinha os Smiths, o New Order, o Cure e também Echo & The Bunnymen eram as caras inglesas. Mas havia um movimento mais ofuscado do mainstream que ajudaria a ganhar força com o tempo, fazendo um rock mais barulhento e totalmente experimental, esse tipo de rock ajudou a germinar a semente do movimento grunge no final dos 80, algumas bandas americanas influenciadas por nomes como Meat Puppets, Hüsker Dü, Minor Threat, Descendents e o Black Flag começaram a desconstruir o básico do punk: melodias aceleradas, três acordes e letras longas num tempo curto. As bandas Dinossaur Jr., Pixies e Sonic Youth vieram desse ambiente na primeira metade da década indo um pouco mais fundo, guitarras mais gritantes, riffs mais crus e mais instrumental do que só letras, sem esquecer das gravações de qualidade muito baixa. Apesar disto tudo, não é muito necessário achar ruim a qualidade, o barulho e tudo, a mensagem deles era o contrário do que as cartilhas da moda exigiam: as calças apertadas, os cabelos longos movidos a laquê e algumas roupas coloridas. O rock alternativo estava invadindo a cena aos poucos, e o Sonic Youth era um dos principais grupos dessa segunda leva de bandas que não levavam desaforo pra casa, com o que gravavam, já rendiam álbuns excelentes, eram de New York, oriundos da cena no wave - mais underground, e como já dizia o nome, tudo aquilo que rejeitavam dos elementos comerciais, o New Wave, que estava em voga em 1981, ano de formação do SY. A formação que conhecemos só veio a se constituir lá em 1985, já com Thurston Moore nos vocais e guitarra, Kim Gordon no baixo e vocais, Lee Ranaldo no baixo e Steve Shelley como baterista que permanecera até 2011, ano em que a banda encerrou as atividades. Antes de Shelley, a banda teve três bateristas que passaram entre os cinco primeiros anos da banda, o primeiro foi Richard Edson, depois foi Bob Bert e Jim Sclavunos, e ainda a tecladista Anne DeMarinis participou dos primeiros anos da banda. Depois de lançarem o segundo álbum, intitulado Bad Moon Rising, a banda tinha entrado para o grande selo underground americano que tinha Hüsker Dü e Minutemen, o lendário SST Records, por onde lançaram dois álbuns excelentes - EVOL (1986) e o seu ponto alto em termos de estética até então, Sister (1987), porém, a banda conseguiu fazer de seu sucessor, Daydream Nation, lançado em 1988 por uma outra gravadora, a Enigma, uma verdadeira obra-prima, e é considerado a luz para que bandas começassem a dirigir-se para uma vertente mais agressiva e crua, e ajudou os seus maiores discípulos, em especial o Nirvana, na música. Foi preciso o álbum fazer um enorme sucesso para que algumas grandes gravadoras ficassem atenciosas no sucessos de banda como o SY, mas, antes disso, a banda ainda deixaria seus últimos vestígios, um álbum com o pseudônimo de Ciccone Youth, intitulado The Whitey Album, com um close do rosto da megastar do pop Madonna, em alta nos anos 80, que só saiu um tempo depois de Daydream Nation, ainda que as relações entre Moore, Gordon, Shelley e Ranaldo com a gravadora estava totalmente por um fio.
Vivendo uma conturbada relação com a Enigma Records, o conjunto não se via em uma boa situação, e se desentenderam com o diretor da gravadora, Paul Smith, com quem vinham se desentendando desde 1986, quando lançaram uma bootleg da banda sem o consentimento deles, o ao vivo Walls Have Ears, que atrapalhou muito o lançamento de EVOL, mas o pico máximo disto foi quando ele decidiu assumir uma posição de negociação perigosa com algumas grandes gravadoras e que levou longos intervalos para comunicar as informações ao SY. Foi essa postura, que tinha o potencial de assustar os executivos das fonográficas, acabou se tornando a gota d'água da relação entre Smith e os 4, e em 2 de junho de 1989, eles foram até o apartamento de Smith para discutirem - supostamente - a produção de mais um clipe para promover Daydream Nation, mas foi basicamente para anunciarem o fim da parceria. Aliviados disto tudo, Ranaldo, Gordon, Moore e Shelley assinaram com a gravadora Geffen por 300 mil dólares um contrato de cinco álbuns, com uma cláusula que garantisse a eles o total controle de produção criativa da banda. O mais estranho para eles é que os discos não seriam lançados pela Geffen, mas sim pela subsidiária, a DGC Records. Da assinatura do contrato até as gravações do novo disco, separam-se quase um ano, antecedidos por uma sessão de gravação de demos nos estúdios Wasterworks por volta de novembro de 1989, um estúdio situado no distrito de embalagem de carnes em New York City. Ali, durante as gravações, Moore e Gordon decidiram convidar os amigos que estavam ajudando a produzir as demos Don Fleming e J Mascis, este último, guitarrista e vocalista do conjunto musical Dinossaur Jr. - tanto como família extensa e como pessoas para terem opinião, mas Ranaldo e Shelley se sentiram um pouco desconfortáveis, pois, achavam que, até ali eles jamais fizeram o álbum com a presença de outras pessoas envolvidas. O nome inicial seria Blowjob, a princípio era para testar o humor da gravadora, mas, depois, foram convencidos de usarem o nome Goo, derivado do título de uma das músicas deste álbum. Com o mesmo produtor do disco anterior, Nick Sansano sugeriu a eles um orçamento barato e foram para o Sorcerer Sound Studios em princípios de 1990, juntamente deles, o engenheiro de gravação Ron Saint Germain, e usaram duas mesas de gravação de 24 canais, e Sansano sabia muito bem do trabalho em Daydream Nation no qual eles, em especial Lee Ranaldo, gostava muito dos overdubbings e efeitos de guitarra, e, usaram boa parte do tempo do estúdio para poderem experimentar técnicas abstratas: um bom exemplo são microfones suspensos da passarela do estúdio e isolar Shelley em uma cabine de bateria. Porém, a banda estava atolada em problemas - segundo Ranaldo, eles estavam demorando muito para tomar as decisões finais - o guitarrista ainda declarou que algo inevitavelmente iria dar errado para qualquer um músico, e que isso originaria o fato de começarem tudo de novo - Ranaldo relembrou as várias vezes de ficar bastante frustrado com isso. O final do processo de gravação acabou sendo no Greene St. Recording, na casa de Sansano, e ali também iniciaram o processo de mixagem: algumas camadas adicionais de guitarras foram incluídas e os vocais foram manipulados com diferentes dispositivos de distorção. Nestas sessões no Greene St., ainda houve as gravações de vocais de J Mascis e de Don Fleming mais Chuck D, rapper e um dos principais integrantes do Public Enemy, conjunto de hip hop em voga, com o hino do poder preto Fight the Power, presente no filme Faça a Coisa Certa (1989) dirigido por Spike Lee - contribuíram neste álbum soltando as vozes.
Pronto o disco - que seria lançado em 26 de junho de 1990, agora iríamos conhecer Goo, com uma capa totalmente diferente do que o Youth apresentava, originalmente seria uma imagem desenhada pelo mesmo responsável das capas do Black Flag, o artista Raymond Pettibon - inicialmente seria uma ilustração da atriz Joan Crawford, mas acabaram por escolher uma outra ilustração: a de dois britânicos vestidos como mods usando óculos, com base em uma fotografia de duas testemunhas no julgamento de um casal de assassinos nos anos 60. A tentativa de catapultarem o Youth de vez ao mainstream e as investidas de Geffen num sucesso da banda fez com que a banda promovesse o álbum em estações de rádio universitárias e jornais de música ao lado de Mark Kates, um dos executivos da gravadora. Mas, agora, vamos às músicas que se tornam a principal peça deste disco, começando com Dirty Boots, um tema que acaba por ser um destaque à parte a sua instrumentalidade e sua introdução meio sombria e melancólica, foi escrita por Moore no período de férias na Califórnia no verão de 89, as guitarras ajudam e muito nas melodias, como sempre; em seguida, uma das melhores canções da baixista Kim Gordon, embora ela tenha diversas composições que são hinos, a faixa seguinte é uma belíssima homenagem à Karen Carpenter (1950-1983), e Tunic (Song For Karen) é quase uma carta psicografada sobre sua dismorfia e sobre a fama vivida enquanto integrou o duo com o irmão Richard, e sobre o seu trágico fim, com muita agressividade sonora e riffs de guitarra que preservam a essência sonora do SY nesses mais de 6 minutos de canção - as guitarras cruas que são o básico e a canja de J Mascis nos vocais de apoio; a próxima música traz sons de sinos de igreja, e isso já é o suficiente para dar a deixa a Mary-Christ, uma letra que é totalmente a cara do Thurston, uma vez que ele era um rapaz católico no punk rock e falasse sobre divindades religiosas como se estivessem no Max's Kansas City, aberto de 1965 até 1981, e o punk vigora na sonoridade, sem deixar morrer no caminho; em seguida, os riffs que encerram a faixa anterior, soam como uma prévia para o que vêm a seguir - e o que vamos ter é Kool Thing, baseada em uma entrevista de Kim Gordon com LL Cool J para a Spin Magazine aonde ambos tentavam encontrar coisas em comum e no papel de Cool J, quem aparece é Chuck D do Public Enemy satirizando as próprias tentativas se conectar com ele sobre a contracultura com a qual ela se identifica, e a melodia é uma das mais contagiosas que marcam o ouvinte aqui e acaba sendo uma influência total para o grunge na sua pegada, em especial o Nirvana; se você acha pouco, então só segura a onda e acabe viajando em Mote, que acaba também por fazer essa ponte com o grunge e cujos versos e o título da canção foram inspirados em um poema de Sylvia Plath (1932-1963) intitulado Eye-Mote, como também era referido a canção várias vezes e ganhamos longos momentos de puro barulho da banda, Shelley arrebenta (no bom sentido) tocando bateria e vai até 7:37 (o fim da canção) essa longa jornada instrumental; na sequência, temos aqui a canção que ajudou a originar o nome do disco, My Friend Goo, que abre com um baixo bem nervoso e marcante e fala sobre os jovens alternativos na virada dos 80 para os 90 com suas atitudes mais relaxadas e preocupações com a frieza e um sarcasmo com esses fãs que agem como se conhecessem o grunge, mas, que, realmente são totalmente ingênuos - a melodia é daquelas que parecem fáceis de tocar, quase nos 3 básicos acordes do punk - e tanto nesta quanto em Mote, temos o vocalista do Dinossaur Jr dando uma canja necessária aqui; mais por diante, o grupo ainda traz um grande tema de destaque e logo Disappearer, que converteu-se em um dos singles deste álbum, e que fala sobre como os sinais - sejam estes fabricados comercialmente ou fenômenos naturais - tendem a afetar a perspectiva psicológica, e a base sonora acaba ajudando muito quando a música faz soar como um hit alternativo ao escutarmos; logo em seguida, vamos para uma faixa com mais de 2 minutos e totalmente delirante pelo som, ouvimos muito nome Mildred Pierce, com uma forte presença do baixo (Kim Gordon, óbvio) e ainda rola um momento bem insano, quando Moore grita o nome da canção enlouquecidamente - o título veio do nome do filme homônimo protagonizado por Joan Crawford, e a música termina com Thurston gritando de forma histérica que deixa a gente surpresa; em diante, o Youth consegue trazer temas ainda mais pessoais, o caso de Cinderella's Big Score, ela foi escrita e é cantada pela alma feminina do grupo e SUPOSTAMENTE trata sobre seu irmão que tinha esquizofrenia, vivia se metendo em confusão e que preferia se preocupar nais com dinheiro do que com a sua preocupação e bem viajandona a sonoridade, com a forte presença do baixo e as guitarras mandando ver como sempre, dando tons arrepiantes que nos impressionam ao ouvir - bem experimental o arranjo da canção; na sequência temos aqui o que parece ser uma música menos forte do repertório, barulhenta e cheia de riffs longos de 1 minuto que parece distorcerem os mugidos de uma boiada, e é o que parece ao ouvirmos Scooter + Jinx: alguns sons da boiada ou do berrante distorcidos com algum efeito, até que soa engraçado ao fazermos este tipo de referência (gado demais); e, encerrando aqui este disco com um tema de responsa que ajuda, e faz a banda soar como única em Titanium Expose, bem suja e crua pela sonoridade, e com uma letra bem forte, onde se fala de alguém que se apaixona e d@ amante que é como titânio: perigoso, mas está em todo lugar e descreve também essa sensação de se apaixonar e encontrar a pessoa em cada pequena coisa - uma visão totalmente surreal, assim como a pegada sonora, tem hora que aceleram no freio, mas, no final, vão indo devagar - os últimos minutos, a banda vai indo devagar e com muitos ruídos de guitarra e baixo que soam como o epílogo desta obra-prima provando musicalmente e cientificamente que é fácil ser mainstream sem pular o barco underground como se fosse difícil isso.
O resultado disto foi uma grande repercussão mundial do álbum, atraindo uma série de elogios e fãs novos que buscavam algo diferente - e lançaram uma série de clipes com as 11 faixas, seguido de uma tour pela Europa (a mais lendária tournée do SY) que gerou um dos melhores filmes de música dos anos 90, logo o clássico documentário 1991: The Year Punk Broke dirigido por Dave Markey, quase como uma consagração definitiva como um dos maiores conjuntos musicais de rock alternativo da história. Em várias listas dos melhores álbuns dos anos 90, pode ter certeza, Goo estará numa destas possivelmente - uma das listas que ajuda a mostrar a grandeza de Goo é a dos 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer, organizada por Robert Dimery, aonde estão mais 5 álbuns do conjunto que se separou em 2011, mas influenciaram muita gente aí a fazer barulho sem se preocupar muito com a questão comercial, mas de meter a cara pra fazer um rock como eles mesmo querem e gostam. E é isso. Obrigado Sonic Youth.
Set do disco:
1 - Dirty Boots (Thurston Moore)
2 - Tunic (Song For Karen) (Kim Gordon)
3 - Mary-Christ (Thurston Moore)
4 - Kool Thing (Kim Gordon)
5 - Mote (Lee Ranaldo)
6 - My Friend Goo (Kim Gordon)
7 - Disappearer (Thurston Moore)
8 - Mildred Pierce (Thurston Moore)
9 - Cinderella's Big Score (Kim Gordon)
10 - Scooter + Jinx (Thurston Moore/Kim Gordon/Lee Ranaldo/Steve Shelley)
11 - Titanium Expose (Thurston Moore/Kim Gordon)
Vivendo uma conturbada relação com a Enigma Records, o conjunto não se via em uma boa situação, e se desentenderam com o diretor da gravadora, Paul Smith, com quem vinham se desentendando desde 1986, quando lançaram uma bootleg da banda sem o consentimento deles, o ao vivo Walls Have Ears, que atrapalhou muito o lançamento de EVOL, mas o pico máximo disto foi quando ele decidiu assumir uma posição de negociação perigosa com algumas grandes gravadoras e que levou longos intervalos para comunicar as informações ao SY. Foi essa postura, que tinha o potencial de assustar os executivos das fonográficas, acabou se tornando a gota d'água da relação entre Smith e os 4, e em 2 de junho de 1989, eles foram até o apartamento de Smith para discutirem - supostamente - a produção de mais um clipe para promover Daydream Nation, mas foi basicamente para anunciarem o fim da parceria. Aliviados disto tudo, Ranaldo, Gordon, Moore e Shelley assinaram com a gravadora Geffen por 300 mil dólares um contrato de cinco álbuns, com uma cláusula que garantisse a eles o total controle de produção criativa da banda. O mais estranho para eles é que os discos não seriam lançados pela Geffen, mas sim pela subsidiária, a DGC Records. Da assinatura do contrato até as gravações do novo disco, separam-se quase um ano, antecedidos por uma sessão de gravação de demos nos estúdios Wasterworks por volta de novembro de 1989, um estúdio situado no distrito de embalagem de carnes em New York City. Ali, durante as gravações, Moore e Gordon decidiram convidar os amigos que estavam ajudando a produzir as demos Don Fleming e J Mascis, este último, guitarrista e vocalista do conjunto musical Dinossaur Jr. - tanto como família extensa e como pessoas para terem opinião, mas Ranaldo e Shelley se sentiram um pouco desconfortáveis, pois, achavam que, até ali eles jamais fizeram o álbum com a presença de outras pessoas envolvidas. O nome inicial seria Blowjob, a princípio era para testar o humor da gravadora, mas, depois, foram convencidos de usarem o nome Goo, derivado do título de uma das músicas deste álbum. Com o mesmo produtor do disco anterior, Nick Sansano sugeriu a eles um orçamento barato e foram para o Sorcerer Sound Studios em princípios de 1990, juntamente deles, o engenheiro de gravação Ron Saint Germain, e usaram duas mesas de gravação de 24 canais, e Sansano sabia muito bem do trabalho em Daydream Nation no qual eles, em especial Lee Ranaldo, gostava muito dos overdubbings e efeitos de guitarra, e, usaram boa parte do tempo do estúdio para poderem experimentar técnicas abstratas: um bom exemplo são microfones suspensos da passarela do estúdio e isolar Shelley em uma cabine de bateria. Porém, a banda estava atolada em problemas - segundo Ranaldo, eles estavam demorando muito para tomar as decisões finais - o guitarrista ainda declarou que algo inevitavelmente iria dar errado para qualquer um músico, e que isso originaria o fato de começarem tudo de novo - Ranaldo relembrou as várias vezes de ficar bastante frustrado com isso. O final do processo de gravação acabou sendo no Greene St. Recording, na casa de Sansano, e ali também iniciaram o processo de mixagem: algumas camadas adicionais de guitarras foram incluídas e os vocais foram manipulados com diferentes dispositivos de distorção. Nestas sessões no Greene St., ainda houve as gravações de vocais de J Mascis e de Don Fleming mais Chuck D, rapper e um dos principais integrantes do Public Enemy, conjunto de hip hop em voga, com o hino do poder preto Fight the Power, presente no filme Faça a Coisa Certa (1989) dirigido por Spike Lee - contribuíram neste álbum soltando as vozes.
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"Flea, Geddy Lee, Chris Squire e Paul McCartney são os melhores baixistas do mundo? Uma vírgula!" |
O resultado disto foi uma grande repercussão mundial do álbum, atraindo uma série de elogios e fãs novos que buscavam algo diferente - e lançaram uma série de clipes com as 11 faixas, seguido de uma tour pela Europa (a mais lendária tournée do SY) que gerou um dos melhores filmes de música dos anos 90, logo o clássico documentário 1991: The Year Punk Broke dirigido por Dave Markey, quase como uma consagração definitiva como um dos maiores conjuntos musicais de rock alternativo da história. Em várias listas dos melhores álbuns dos anos 90, pode ter certeza, Goo estará numa destas possivelmente - uma das listas que ajuda a mostrar a grandeza de Goo é a dos 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer, organizada por Robert Dimery, aonde estão mais 5 álbuns do conjunto que se separou em 2011, mas influenciaram muita gente aí a fazer barulho sem se preocupar muito com a questão comercial, mas de meter a cara pra fazer um rock como eles mesmo querem e gostam. E é isso. Obrigado Sonic Youth.
Set do disco:
1 - Dirty Boots (Thurston Moore)
2 - Tunic (Song For Karen) (Kim Gordon)
3 - Mary-Christ (Thurston Moore)
4 - Kool Thing (Kim Gordon)
5 - Mote (Lee Ranaldo)
6 - My Friend Goo (Kim Gordon)
7 - Disappearer (Thurston Moore)
8 - Mildred Pierce (Thurston Moore)
9 - Cinderella's Big Score (Kim Gordon)
10 - Scooter + Jinx (Thurston Moore/Kim Gordon/Lee Ranaldo/Steve Shelley)
11 - Titanium Expose (Thurston Moore/Kim Gordon)
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