Um disco indispensável: Trout Mask Replica - Captain Beefheart & His Magic Band (Straight Records, 1969)

Não, não é bobagem achar este disco do Capitão Coração-de-Bife (ou Touro, sei lá como você queira) um negócio cabeça, difícil de compreender ou que não seja lá grande coisa para quem manja mesmo de música - o que soa até como um sarcasmo, cheio de sinceridade. O conjunto de sua obra é uma viagem por si, chame-o de qualquer coisa, porque você não vai ver dentro deste disco uma obra de arte, o que realmente é de verdade. No final dos anos 1960, Don Van Vliet havia deixado um selo de nome no cenário como a A&M após recusarem todas as músicas consideradas negativas pelos executivos e isso deixou ele mais afim de lançar seu material, que se tornou seu álbum de estreia Safe as Milk por um novo selo alternativo chamado Buddah, de um cara chamado Bob Krasnow, que viu o potencial do trabalho de Van Vliet e sua turma. Na safra do cenário musical, o grande Captain Beefheart era um nome da vanguarda americana, assim como nomes do tipo Velvet Underground - que gravavam num selo de jazz, a Verve - que tinham sido, o Love - uma banda de Arthur Lee que também aconteceu naquela década, a The West Coast Pop Art Experimental Band - pioneira nessas alucinações sonoras, os próprios Doors, e na América Latina também não seria diferente. Se na Argentina tivemos a expansão do rock em castelhano através de grupos como Los Gatos, Los Beatniks, Manal e Almendra, no nosso chão brasileiro nada iria ser diferente: com um conjunto de três jovens com roupas espalhafatosas e coloridas acompanhados por um sujeito mulato de barba tocando violão, enquanto esses já vinham com guitarra e baixo elétrico em punho para mudar a história da MPB, eletrificando-a de vez na 3ª edição do Festival da Música Popular Brasileira, e estes três jovens - vindos da Pompeia, eram os Mutantes acompanhando Gilberto Gil, compositor baiano aclamado, e que estava supostamente traindo o movimento conservador dentro da MPB através de Domingo no Parque, e nessa mesma edição, a consolidação da música popular brasileira elétrica teve a célebre presença de Caetano Veloso, que tinha o acompanhamento musical dos argentinos Beat Boys e fez de Alegria, Alegria - uma marcha-rancho psicodélica com tons de bossa - e a tropicália nascia ali, revolucionando na música latina em geral com seus experimentos e misturas de referências sonoras - da latinidade ao baião e da bossa ao rock agitadaço com tons ácidos que iriam fazer a cabeça de muita gente. Quase todos os movimentos e nomes ao redor do mundo tinham a mesma coisa em comum, seja em influência ou em uma inspiração - o músico estadunidense e produtor Frank Zappa, um dos maiores nomes do rock, pioneiro da cena alternativa e que faziam um som entre o blues, a avant-garde, o jazz e um pouco da escola de Karlheinz Stockhausen, uma das maiores referências para os experimentalismos sonoros daquela década. Mas, embora a gente tenha citado parte da revolução sonora que estava ocorrendo, e do cenário vanguardista, há muitos nomes, um tanto obscuros naqueles tempos, que ficaram sem muito destaque, não sendo o caso de Vliet e de Zappa, que se conheciam de muito tempo, e ele ainda começou a seguir trabalhando na desenvoltura de um álbum muito mais original e diferente do que já tinha sido feito. Ainda em 1968, que soa como uma continuação de 1967 com seus ideais revolucionários, o furor da música psicodélica, a liberdade sexual e os clamores de paz e mudanças políticas, o músico e sua Magic Band ainda lançaram Strictly Personal por um selo alternativo chamado Blue Thumb Records, uma outra empreitada fonográfica de Krasow - o mesmo dono da Buddah, com quem Van Vliet teve alguns desentendimentos pois seus selos estavam mais ligados a outras vertentes, como um pop bubblegum (que equivale ao pop de hoje também), e se juntou ao velho amigo Zappa para trabalharem em seu próximo disco.
Bom, e o que sobrou das sessões que estavam sendo realizadas quando Van Vliet e sua trupe maluca estavam fazendo em 1967, logo em meio também a Strictly Personal, o disco que a banda lançou pelo outro selo de Krasnow, e tudo mais? Bom, o que havia sobrado daquelas gravações e tudo virou um álbum mais adiante, chamado Mirror Man, e também ganha um bom destaque em toda a sua discografia. Já por volta de agosto de 1968, quando já havia passado toda aquela situação, Befheart mais John French (Drumbo) na bateria e percussão, Jeff Cotton (Antennae Jimmy Semens) nas guitarras e vocais), Bill Harkleroad (Zoot Horn Rollo) tocando guitarra e flauta, Mark Boston (Rockette Morton) no baixo e Victor Hayden (The Mascara Snake) no clarinete-baixo e também cantando, além do próprio Captain Beefheart cantando e tocando saxofones tenor e soprano, além da gaita escocesa e também o shehnai, uma espécie de oboé indiano e até mesmo trombeta, mais a presença do próprio Zappa, que abrira um selo discográfico chamado Straight Records, e também bancou a engenharia de som nas sessões feitas em agosto e 1968 até março de 1969, juntou algumas composições deste período, nasceu um álbum 100% brilhante e original, estamos falando de Trout Mask Replica - lançado em 16 de junho de 1969, se transformou em uma das grandes portas na carreira do músico, uma vez que já havia se apresentado com a banda no MIDEM - o evento que promove as novidades do mercado fonográfico em Cannes (França), bem antes, sendo um artista totalmente diferente dos tradicionais que cantavam baladas mornas e temas comerciais. Eles eram o que podemos considerar o vômito naquele MIDEM em 1968, e eles mostraram que seguiam na maré vanguardista experimental com esse álbum duplo que repercutiu muito naquele 69, em meio ao caos que o mundo ainda vivia sociopoliticamente, mas que teve sua vanglória maior com o festival de Woodstock: o grande apogeu da era hippie com seu emblema sex, drugs and rock 'n' roll em 3 noites que marcaram pra sempre a história da música tendo shows de Jimi Hendrix, The Who, Sly & The Family Stone, Santana, Janis Joplin, Grateful Dead entre outros nomes para uma multidão que não sentia o fim dos tempos dourados da psicodelia.  Embora os hippies estivessem em alta, os Beatles e os Rolling Stones tiveram momentos complicados naquele ano: os primeiros tiveram crises durante as filmagens de um projeto chamado Get Back, e que depois virou o disco/filme Let it Be, e que resolveram parte das pendengas ao gravarem Abbey Road, mas a ferida era maior e prestes a ser exposta, por causa da indicação de Allen Klein como o nome certo para cuidar dos negócios da Apple, enquanto Paul McCartney preferia seu sogro e seu cunhado tomando conta - o que infelizmente não aconteceu, e aí veio a acontecer o fim da maior banda de sempre aos poucos. Já o quinteto que surgiu como "simples branquelos intérpretes de R&B" tiveram que se virar e se cuidar com as páginas policiais, e mesmo com Brian Jones fora do time - pois falecera em 3 de julho de forma suspeita na piscina de sua casa - agora com um novo guitarrista chamado Mick Taylor, o grupo ainda tinha feito o álbum Let it Bleed e seguido com uma série de shows e o pavoroso festival de Altamont, na qual os Hell's Angels ficaram no papel de segurança e a confusão rolou solta, sendo um dos maiores prejuízos na história da banda e do rock. O barato da vez mesmo era o movimento black, que traziam diversos nomes como Aretha Franklin, Marvin Gaye, Isaac Hayes, Diana Ross & The Supremes, James Brown usavam e abusavam da influência de elementos modernos e incrementavam em seus sons posteriores. Só na cena "diferentona" é que havia os malucos, os gênios incompreendidos, os cabeções é que estavam pegando o embalo do final da década, querendo confundir cabeças, ouvidos, corações e mentes, como foi o caso de Captain Beefheart com sua magnus opum que conseguiu ir mais além do que 1969 apenas.
Para dar uma breve explicação sobre este estranho, porém maravilhoso álbum, que é o próprio Trout Mask Replica, precisamos entender o conceito dele, ele traz várias visões de mundo, e também retrata a complexidade e a dificuldade que o ser humano busca para viver a vida, os significados disto tudo. Mas também pode ser um belo convite para você, caro leitor/ouvinte para um passeio pela pitoresca diversão dentro deste surrealismo sonoro que é este álbum. E o disco abre com o tema Frownland, que traz logo de cara um eu-lírico que demonstra ser um pouco niilista e também deseja viver mais a sua própria vida, bem distante da melancolia, há várias descrições em meio a este tema que já nos orienta nessa viagem sonora; na sequência, a barulheira esquisita continua como nunca por meio de The Dust Blows Forward N' The Dust Blows Back, onde só se ouve a voz de Van Vliet evocando à capella imagens de uma paisagem natural feia simbolizada com pobreza, introduzindo até a Grande Depressão nesta e em outras faixas do disco; em seguida, o surrealismo sonoro vai conquistando peso maior através de Dachau Blues, que acaba sendo um tema bem mais real, sério e discutido, coisa rara até aí: as mortes na Segunda Guerra Mundial, e pinta musicalmente as atrocidades da guerra, além de avisar que irá deixar enlouquecer líderes famintos de guerra que provocaram esta II Guerra, e acrescentando aqui, o título traz uma referência ao campo de concentração nazista em Dachau, a cinco quilômetros de Munique, o arranjo traz uma mistura perfeita entre o rock alucinante e o jazz vanguardista com a voz raspante de Beefheart que se destaca e muito; existe dentro das canções um universo fantástico e repleto de personagens com histórias dentro deles, no disco temos a Ella Guru, que é descrita como uma mulher tão selvagem que tem contato com a natureza e única como a Terra, com uma pegada de jazz-rock experimental que funciona muito com a poesia da canção, de pegada totalmente protopunk pra deixar funcionando bem no tema; e para a próxima faixa, o negócio mesmo é mais instrumental, se ouve sopros duelando e solando como se fosse ensaiar um tema, Hair Pie: Bake 1 é quase uma peça sonora que aparenta um resultado impressionante pela cozinha formada dentro da banda, com o Captain tocando quase todos os sopros e uma vibe bem psicodélica que dá pro gasto realmente; e como se não bastasse, o repertório do disco conta com mais maluquices do que se imagina: estamos falando de Moonlight on Vermont, com um fuzz de guitarra extremamente gritante mais uma pegada rock desconstruidona, e traz referência na música a uma canção homônima já gravada por Billie Holiday, Ella Fitzgerald entre outros nomes; em seguida, o tema carrega uma sonoridade bem blueseira no sentido instrumental, e Pachuco Cadaver traz um pouco um ambiente de alguém vivido nos anos 50 e sobre seu carro, uma mulher que põe seu vestido de bolero e sai pra dançar, uma relação entre mulher e máquina que deu certo até; para a próxima música, curta como várias outras, temos aqui o desenrolar de uma história onde sociedades e culturas se formam sem um interesse em comum, mas por um ódio e um inimigo comum, como se confere em alguns dos versos de Bills Corpse, onde o Capitão decide falar também sobre a falta de vontade de poder aceitar novas ideias ou crenças, coisa que ele chega a censurar em certos momentos até; nos dois minutos a seguir de Sweet Sweet Bulbs, há uma boa dose do que conhecemos em suas músicas como surrealismo poético: raios solares queimando, um mar da negatividade, tudo isso combinando com o som ácido e delirante com a voz gritante de Beefheart nesse tema; o excesso de mistura poética surreal nas canções com personagens e ambientes que uma hora parecem expressar tristeza, soam mais presentes do que nunca em Neon Meate Dream of a Octafish, aonde ele pronuncia as canções no modo spoken word seguido de um instrumental com um órgão full nervoso pra encerrar; a décima-primeira faixa do disco acaba trazendo uma história que envolve um porco chinês, e a sonoridade tem qualidade lo-fi, como se fosse uma gravação demo em China Pig, um blues mais cru e semidesplugado em seus 4 minutos, aonde pede que não matem o animal em meio a tanta imploração; em seguida, contamos aqui com um dos melhores temas nesse disco, a viajante e porralocona My Human Gets Me Blues, uma versão alucinante para a levada rockabilly e trata de uma questão sobre identidade de gênero do personagem, a busca pela sua própria personalidade, e isso muito antes de ser debatido nos dias de hoje, olhem só isso; para fechar a primeira parte do disco, sem perder o pique, temos aqui Dali's Car, uma música mais instrumental, e a primeira feita para o disco, com a ajuda de John French transcrevendo suas melodias disjuntivas que ambientam em apenas 1:26 de duração, encerrando o primeiro volume do disco (vinil).
Com Zappa, seu amigo e parceiro de maluquices sonoras
Abrindo de antemão a segunda parte deste álbum, temos aqui a continuação de Hair Pie, só que desta vez é Bake 2, aquela faixa instrumental que carrega dentro de si uma peça sonora cheia de guitarras delirantes, e vai ganhando tons coloridos aqui até atingir o ápice final da sua loucura sonora que dá continuação; para a próxima faixa que vêm em diante, temos risos seguidos de um diálogo entre The Mascara Snake, o próprio Beefheart e também Frank Zappa, onde incluem um "fast and bulbous" (rápido e inchado - tradução livre) que dá a deixa para a música Pena, sendo que a música é "entoada" de forma falada por Antennae Jimmy Semens, uma viagem poética, com aquela dosagem ácida nos versos, e uma onda bem porraloquera na base sonora que nos surpreende de vez; na sequência, nós contamos com mais um tema onde Beefheart à capella demonstra poder sobre sua voz cantando Well, um conjunto de versos que soam melancólicos e delirantes ao mesmo tempo (é isso mesmo, produção?!) nos seus mais de dois minutos desta obra de arte que faz parte de um conjunto - logo este álbum; neste álbum contamos com distinções de temas, no caso de When Big Joan Sets Up, aqui é realmente contraste a Ella Guru, que é uma mulher atraente, enquanto a tal Big Joan não é totalmente atraente demais para Van Vliet - mas também não fica um certo ar duvidoso dos versos até e é a música mais longa do disco, 5 minutos e 18 segundos apenas; como a gente disse antes, num disco desses, tudo é possível: desde ruídos de comer até diálogos, que é o casso de Fallin' Ditch, um tema que chega a dar um tropeço, e em alguns versos, a se tratar até mesmo da morte - olhem só, pessoal; já para o próximo tema que vêm mais adiante, que não dá pro gasto, mas também prova uma Magic Band totalmente conectada musicalmente, Sugar N' Spikes, nos surpreende com cada palavra, mas também não deixa de agradar nossos ouvidos, claro; outro tema impressionante, pelo título, mas também pelo som, Ant Man Bee é uma visão ampla e clara sobre conflitos étnicos, como se os humanos e as formigas vivessem em guerra, e também sobre racismo e preconceito (leiam a letra e busquem esses significados através dos versos) e vê uma espécie de anseio por um relacionamento simbiótico e pacífico entre a abelha e a flor, algo bonito até, e prova a superioridade da abelha com sua gentileza enquanto homens e formigas sofrem com a guerra deles mesmo, o destaque também fica para a pegada de blues que ambienta nesse som e os solos de sax tenor e soprando de Van Vliet em mais um momento instrumental de peso aqui; para não seguirmos perdendo o rumo desse disco, nós ainda temos Orange Claw Hammer, novamente um tema mais voltado ao spoken word pela forma que que soa narrativa até em seus mais de 3:30 de duração, por sinal; quando menos esperar, vai encontrar pérolas e das boas aqui neste disco com bons momentos poético-sonoros, como no caso de Wild Life, onde o nosso capitão entoa a vontade de viver uma vida selvagem, bem longe da cidade, tendo o melhor contato com a natureza, morando em uma caverna entre ursos e ao lado de sua esposa, quase no estilo Christopher McCandless pelo que se dá para notar; e se pensa que o disco acaba por aqui, é porque você ainda não ouviu She's Too Much for My Mirror, um tema mais leve, com uma letra meio cabeça demais, mas que envolve um romance abusivo em um certo verso da canção, se for compreender bem; o disco segue a desfilar com muitos de seus personagens que rondam o imaginário poético do capitão, em Hobo Chang Ba é a história de um sujeito sem lenço, sem documento e que vive entre os trens e os barcos que ele muda, vala falar aqui também sobre o baixo chapado e nervoso de Rockette Morton ganha um destaque interessante aqui; o disco não teria tantos convidados de peso em todas as faixas, mas para essa que vêm a seguir, parece uma escalação de reforços para um time, como no caso de The Blimp (Mousetrapreplica), um tema onde brinca muito com as palavras e no reforço de músicos convidados, os membros dos Mothers - Bunk e seu irmão Buzz Gardner e Ian Underwood, mais Roy Estrada e Art Tripp juntamente de Zappa e de Antennae Jimmy Semens como cantor principal desta faixa com seus 2 minutos que lembram um pouco as maluquices do Zappa com os Mothers em seus discos na época; e para que o disco não fique deixando vários temas de agradarem total nossos ouvidos, o repertório ainda não deixa de contar com Steal Softly Tru Snow,  que não deixa de desfilar tons surrealistas em seus versos e ainda dá totalmente para o gasto; a gente ainda há de contar também com mais uma canção no estilo spoken word, porém com acompanhamento instrumental, Old Fart Party, que apesar de curta, tem uma poesia bem cabeça e um clima bem de psicodelia mesmo, sem deixar a essência morrer; o disco traz no seu encerramento um tema bem voltado ao passado, estamos nos referindo a Veteran's Day Poppy, uma canção que narra a história de um sujeito que perde o filho e baseado no Dia da Reclusão, uma data especial no Reino Unido,  basicamente é um pai que perdeu seu filho na I Guerra Mundial, seu sofrimento e tristeza são retratados de forma notáveis, botando ponto final em um dos discos mais viajantes que este Captain Beefheart teve a ousadia de fazer.
Resultado final após a primeira escuta é que você acaba se estranhando muito com aquele tipo de som que o cara faz, o excesso de barulheira e a gritaria do capitão são necessárias - mesmo até aqueles que não manjam muito de música saibam bem qual é a do cara, haja paciência pra aguentar tudo isso que se ouve. O disco abriu grandes portas na vida do Beefheart em sua trajetória musical, logo no final dos anos 60, após ter tido a presença de Zappa como produtor de seu disco, ele participou de Hot Rats, um dos melhores álbuns do guitarrista em toda sua trajetória, e depois veio a gravar outros materiais até se isolar do mundo nos anos 1980, quando escolheu o sossego em sua casa no deserto de Mojave - situado no sudoeste da Califórnia, e ali ficou mais dedicado às artes plásticas, paixão desenvolvida desde jovem. Faleceu em 17 de dezembro de 2010, aos 69 anos, recluso, vítima de uma esclerose múltipla, e mesmo antes de ter morrido, seu álbum Trout Mask Replica virou de cara uma grande referência na música alternativa e virado influência para nomes como os Talking Heads, Pere Ubu, Blondie, Devo, e até o Sonic Youth bebeu muita água desta fonte inclusive. Seu disco está em diversas lista como prova de sua influência e contribuição para o surgimento do rock alternativo, do pós-punk entre outros estilos, como na lista dos 200 Melhores Álbuns dos Anos 1960 feita pelo site Pitchfork, que o elegeu com o 54º lugar, e também a Rolling Stone, que deu ao disco a posição de 58º lugar em 2003 na célebre e digna lista dos 500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos, além de figurar nos 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer - trazendo ao público um clássico de fácil assimilação popular que vai seguir atravessando gerações eternamente.
Set do disco 1:
1 - Frownland (Don Van Vliet)
2 - The Dust Blows Forward N' The Dust Blows Back (Don Van Vliet)
3 - Dachau Blues (Don Van Vliet)
4 - Ella Guru (Don Van Vliet)
5 - Hair Pie: Bake 1 (Don Van Vliet)
6 - Moonlight on Vermont (Don Van Vliet)
7 - Pachuco Cadaver (Don Van Vliet)
8 - Bills Corpse (Don Van Vliet)
9 - Sweet Sweet Bulbs (Don Van Vliet)
10 - Neon Meate Dream of a Octafish (Don Van Vliet)
11 - China Pig (Don Van Vliet)
12 - My Human Gets Me Blues (Don Van Vliet)
13 - Dali Car (Don Van Vliet)
Set do disco 2:
14 - Hair Pie: Bake 2 (Don Van Vliet)
15 - Pena (Don Van Vliet)
16 - Well (Don Van Vliet)
17 - When Big Joan Sets Up (Don Van Vliet)
18 - Fallin' Ditch (Don Van Vliet)
19 - Sugar N' Spikes (Don Van Vliet)
20 - Ant Man Bee (Don Van Vliet)
21 - Orange Claw Hammer (Don Van Vliet)
22 - Wild Life (Don Van Vliet) 
23 - She's Too Much for My Mirror(Don Van Vliet)
24 - Hobo Chang Ba (Don Van Vliet)
25 - The Blimp (Mousetrapreplica) (Don Van Vliet)
26 - Steal Softly Tru Snow (Don Van Vliet)
27 - Old Fart Party (Don Van Vliet)
28 - Veteran's Day Poppy (Don Van Vliet)



Comentários

  1. Álbum maravilhoso, viciante! Quando comprei, há mais de 20 anos, achei exasperante, estava habituado a popices. Agora, tudo o resto me parece pifio. Não passa 1 dia que não ouça algumas faixas, especialmente as duas de que mais gosto "When big Joan sets up" e "My human gets me blues".

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