Um disco indispensável: Blues Pills - Blues Pills (Nuclear Blast Records, 2014)

Se você é daqueles típicos que curte um sonzão clássico de hard rock, mais principalmente dos anos 60 e 70 com uma levada até psicodélica e de blues-rock, conheça a banda sueca Bues Pills, surgida em 2011 na cidade de Örbero e com a formação que segue até hoje, exceção do baterista Cory Berry, que saiu anos antes: a vocalista Erin Larsson, o guitarrista Dorian Sorriaux, o baixista Zack Anderson e o baterista atual André Kvarnstörm e que trouxeram essa coisa de nostalgia mais pro blues, pro rock psicodélico e hard rock do que pros sintetizadores analógicos e synthpop que segue até hoje nos padrões, e a cantora têm um potencial de voz que nos lembre até Stevie Nicks e um pouco a eterna Janis Joplin, além de uma sonoridade que nos remete mesmo ao final da década de 1960 e comecinho da década de 1970 dando um gostinho de viajar ao passado, musicalmente. O grupo já têm um monte de fãs ao redor do mundo, e no Brasil são conhecidos atualmente graças ao sucesso de uma das faixas que teve seu clipe exibido em alguns canais de música e em matérias sobre novidades de bandas mundo afora nas revistas que há sobre música no Brasil e certas rádios especialistas em rock já estão aproveitando e tocando os sucessos dessa banda sueca. O som desse grupo com membros americanos, franceses e suecos, não se precisa dizer muita coisa, para uma banda que bebeu na mesma fonte que Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Black Sabbath, The Who, Deep Purple e que faz parte do cast de uma gravadora cujo os principais artistas são mais da área heavy metal e que têm grandes nomes, inclusive os brasileiros do Sepultura, mas  que aí já é outra história. Muitos riffs que soam como uma porrada típica dos anos setenta, cheia de batida e puras referências ao blues-rock, algo que era muito feito até um bom período porém segue tendo o seu valor no cenário musical com o passar dos anos e grandes referências do blues seguem sendo redescobertas graças a certas bandas e os Blues Pills trouxeram de volta o que já foi feito pelos grandes e lendários conjuntos de rock daquela época, dando assim um contato mais direto com os anos de ouro do hard rock e conquistando fãs da considerada melhor fase do rock and roll.
O grupo, com Elin Larsson (em primeiro plano): disco de estreia
mostrando que ainda há nostalgia pros fãs de hard rock dos anos
60 e 70, evitando comparações demais com bandas da época
A faixa que abre o disco, têm uma levada bem zeppeliniana e com um quê de perfeição, tanto na base quanto na voz de Elin Larsson, é claro que estou falando de High Class Woman e mostra que os anos 70 (musicalmente) ainda vivem pra quem curte um som da época; já em Ain't no Change, percebemos de cara o que é mesmo esse revival dos anos 70, cheio de groove e soul complementando o som do grupo e a voz de Erin mostrando mesmo um quê de Janis Joplin; a faixa Jupiter parece ser nome de uma canção antiga lá dos anos 70 feita por alguma banda psicodélica que acabou sendo culta só ultimamente, mas não devemos negar que essa banda consegue arrasar na cozinha guitarra-baixo-bateria né?!; em Black Smoke, o som segue sem parar e ainda com o mesmo astral de sempre nos arranjos e um solo matador de Dorian Sarrioux na guitarra, ainda que soe muito bem e pra quem curte algumas levadas mais tradicionais do hard rock na bateria; em The River, outro momento aonde a base segue arrebentadora e na letra, um pouco recheada de poesia e de encantos, assim como na voz encantadora de Elin; se você está pensando que as coisas acabam por aqui, então é porque você não ouviu No Hope Left For Me, aonde a voz rascante e potente de Elin Larsson segue encantando e na qual retrata sobre solidão, como se sente ao ficar muito só e segue rolando o som; em Devil Man, apesar de soar bem sombrio, nada que faça a banda perder o ritmo e seguir arrasando com tudo nesse clima nostálgico; na faixa Astralplane, a vontade de sair de um lugar e pegar um avião para lugares aonde ninguém havia ido, carregada de muito astral psicodélico na base sonora; uma cover que ganha potencial aqui é a de Gypsy, um clássico de Chubby Checker no comecinho dos anos 60 e que ganhou um estilo mais blueseiro e com direito um baixo impressionante, executado por Zack Anderson; e pra encerrar, uma verdadeira porrada que se pode definir Little Sun: riffs arrebatadores, a voz de Larsson nos deixando se apaixonar e um final apoteótico pra mostrarem que os anos 70 ainda estão com tudo entre a nova geração.
Set do disco:
1 - High Class Woman
2 - Ain't No Change
3 - Jupiter
4 - Black Smoke
5 - The River
6 - No Hope Left For Me
7 - Devil Man
8 - Astralplane
9 - Gypsy
10 - Little Sun










Comentários

  1. Cara, troca esse fundo amarelo com letras brancas, fica horrível a leitura, mas muito bom o texto e a banda é excelente!

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    1. Ok, já entendemos a reclamação e obrigado por ter achado maneiro os Blues Pills

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