Um disco indispensável: Sucker - Charli XCX (Asylum Records/Atlantic Records/Neon Gold, 2014)

A música pop internacional em 2014 têm sido um grande boom no surgimento de novas vozes, inclusive na área feminina e um desses nomes têm sido a jovem inglesa Charli XCX, nascida Charlotte Emma Aitchison e com apenas 22 anos, já conseguindo um imenso reconhecimento mundial e com 3 álbuns, 2 EPs e 2 mixtapes lançados até então, ou seja: uma carreira que tem de tudo para estourar, nada que seja comparado com as "divas do momento" como Katy Perry, Rihanna, Taylor Swift, Beyoncé, Lady GaGa e a sensação do momento, Iggy Azalea, com quem Charli gravou o hit Fancy, lançado em The New Classic e uma das músicas mais tocadas no mundo atualmente. A garota já tinha se lançado como artista em 2008, quando lançou seu CD com apenas dezesseis anos, intitulado 14, porém lança seus singles somente três anos depois quando já planeja compor algumas letras que entrariam em seu futuro segundo álbum, intitulado True Romance, mas enquanto isso ela só seguia escrevendo para artistas como Icona Pop e em turnê com gente já aclamada no mercado pop mundial como Coldplay, além de ser muito elogiada pela imprensa e ganhar fãs aos poucos com suas performances em festivais como o iTunes Festival, realizado em 2012 e no Positivus Festival, em 2013. Seu nome têm sido visto como o dos mais destacados nesse ano graças ao seu dueto já citado com Iggy Azalea e também por suas aparições em premiações como o da Mulheres na Música, da Billboard, no VMA da MTV e agora estampando capas de revista, como a da recente edição da Billboard e sendo destaque da Rolling Stone americana, o site Pitchfork e vários blog e sites de música e inclusive no Brasil ela já é considerada como um dos principais destaques deste ano e possível sensação musical deste 2015 que começa neste momento. O sucesso foi tanto que Sucker agora já pode conseguir alcançar um número imenso de vendas graças a 3 músicas que já estão dominando as paradas, além de seus clipes não param de ser exibidos na MTV.
Charli em ação no clipe da música "Fancy", dueto que ela fez
com a rapper Iggy Azalea e um dos mais tocados hits de 2014
O que se pode esperar de Sucker, seu terceiro álbum e segundo por uma grande gravadora é nada menos que um conjunto de canções que acabam dando o resultado de uma festa particular pra ouvir no volume máximo em apenas treze músicas e com um super time ajudando Charli na produção, dentre eles o duo de produtores suecos Stargate, Cashmere Cat, Benny Blanco e Steve Mac dentre outros. A faixa-título é um jeito da Charli se livrar do "otário" (sucker) e poder aproveitar sua vida de uma forma independente, cheia de batidas eletrônicas que soam como se fossem feitas por algum DJ mundial de nome, mas pode acabar nas raves da vida; o mesmo caso podemos falar de Break The Rules, que já estava dando no que falar desde novembro, quando o vídeo desta foi lançado e mostrando uma certa vontade de se divertir sem parar e libertar garotos e garotas da isolação noturna dentro de casa e poderem aproveitar a vida como uma balada; já em London Queen, ela faz referência ao famoso american dream (sonho americano, aquele de muitos estrangeiros terem vontade de morar nos Estados Unidos porém tem aqueles impedimentos) e se autoproclamando a Rainha de Londres e dizendo que só voltaria quando encher a casa de discos de ouro com referências ao pop oitentista na base sonora; enquanto em Breaking Up, ela alfineta um ex-namorado e decide terminar de vez, misturando o pop dançante com uma batida de power-ballad; em Gold Coins, o momento agora é a ostentação e a luxúria retratadas com batidas de trip-hop; o outro megahit Boom Clap já se tinha conhecimento por ter sido faixa da trilha sonora do filme A Culpa É Das Estrelas, mas só aos poucos se vê um hit pegajoso e sem pretensão de ser algo parecido com o de Katy ou de certas "princesinhas do pop"; logo em Doing It, o estilo festivo carregado de sintetizadores e levadas de pop-retrô acabam se mantendo num clima morno, diferente do resto do álbum; em Body of My Own, mostrando que ela pode ter um corpo só dela mesmo, e também sobre deixar o amor de lado e não precisar deste; na sequência tem Famous, onde ela fala sobre festejar com amigas e viver como famosas e cheias de estilo; o que mais se aposta em Hanging Around é no ritmo pop mais suave, com aquele clima mais leve e batidas cheias de potência; já em Die Tonight, ela consegue ir mais intimista na letra e sem passar batido, inclusive na citação aos Rolling Stones (eu ia aprontar uma zoeira aqui no post mas aí já é demais); enquanto na doce Caught in the Middle, ela mantêm uma suavidade sem igual, o mesmo caso é de Need Ur Luv, que encerra com uma simples batida doo-wop com sintetizadores e um piano clássico no meio da música, e assim encerra-se o álbum Sucker.
O álbum poderia ser uma simples peça do pop feminino, mas com um toque de Midas bem mais diferente do que com as outras cantoras do pop atual, Charli conseguiu mostrar sua cara e também que consegue falar na cara e expressar amor, luxúria, festa e namorados de um jeito que não é de se comparar com o de outras cantoras e muito menos dizer que é alguma mistura imperfeita de uma diva com outra. É indispensável pra baladas e pra ouvir muito também sozinho em casa a todo volume, sem nenhum arrependimento.
Set do disco:
1 - Sucker (Charlotte "Charli XCX" Atchinson/Justin Raisen/Jerry James)
2 - Break the Rules (Charlotte "Charli XCX" Atchinson/Steve Mac/Tor Erik Hermansen/Mikkel S. Eriksen/Daniel Omelio/Magus HØiberg)
3 - London Queen (Charlotte "Charli XCX" Atchinson/Justin Raisen/Jerry James/Ariel Rosenberg/Remi Nicole)
4 - Breaking Up (Charlotte "Charli XCX" Atchinson/Patrick Berger/Noonie Boo/Markus Krunegård)
5 - Gold Coins (Charlotte "Charli XCX" Atchinson/Patrick Berger)
6 - Boom Clap (Charlotte "Charli XCX" Atchinson/Patrick Berger/Fredrik Berger/Gräslund)
7 - Doing It (Charlotte "Charli XCX" Atchinson/Ariel Rechstaid/Jarrad Rodgers/Noonie Bao/Matthew Burns)
8 - Body of My Own (Charlotte "Charli XCX" Atchinson/Patrick Berger/Christian Olsson)
9 - Famous (Charlotte "Charli XCX" Atchinson/Greg Kurstin)
10 - Hanging Around (Charlotte "Charli XCX" Atchinson/Rivers Cuomo/Justin Raisen/Jerry James)
11 - Die Tonight (Charlotte "Charli XCX" Atchinson/Patrick Berger/Markus Krunegård/Pontus Winnberg/Rostam Batmanglij/Andrew Wyatt)
12 - Caught in the Middle (Charlotte "Charli XCX" Atchinson/Benjamin Levin/Nick Van Hofwegen)
13 - Need Ur Luv (Charlotte "Charli XCX" Atchinson/Rostam Batmanglij/Noonie Bao/Andrew Wyatt)










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