Um disco indispensável: Canção do Amor Demais - Elizeth Cardoso (Festa/Sinter, 1958)

Corria o ano de 1958: o plano de Juscelino Kubitschek de mudar a capital federal do Rio de Janeiro para um território desabitado em Goiás cujo pedaço se transformaria em Distrito Federal e na capital Brasília (Novacap) estavam indo ganhando ares, com o projeto elaborado por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. As ruas estavam enfeitadas de verde e amarelo para celebrar o primeiro título do Brasil na Copa do Mundo - 28 anos depois da primeira edição e 8 anos após a triste derrota em casa para o Uruguai de Alcides Ghiggia e Obdulio Varela numa trágica partida que ficou eternamente lembrada como o "Maracanaço", agora podíamos gritar aos quatro cantos que éramos campeões do mundo com um super time que tinha como técnico Vicente Feola e os jogadores Didi, Nilton Santos, Mazzola, Vavá, Castilho, Zagallo (futuro técnico), Pepe, Djalma Santos, o capitão Bellini e dois nomes que se destacaram: o primeiro era um cara de 25 anos que tinha pernas tortas, fazia sucesso no Botafogo - clube do RJ pelo qual defendia - e se tornou um ídolo, seu nome era Manoel Santos, mas todo mundo o conhece por Mané Garrincha. O outro era um rapaz negro de 17 anos, franzino e com um rosto que soava a inocência de um adolescente, mesmo com essa idade, fazia sucesso no Santos - este, um mineiro de Três Corações criado em Bauru (SP) filho de um jogador chamado Dondinho - o filho ficou mais conhecido que o pai, um desconhecido para muitos até hoje, se tornou o Atleta do Século e só lhe falta uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood - fazendo sucesso no Santos, Edson Arantes do Nascimento entrou para a história como Pelé, o maior camisa 10 da história. A sexta edição da Copa do Mundo organizada na Suécia mostrou que a seleção brasileira seria imbatível em muitos jogos e cheia de glórias, e fez-se a festa do Oiapoque ao Chuí, de Rio Branco a Quaraí, embora o primeiro título ainda não mostrava a nossa seleção com o amarelo canarinho que se imortalizou como o uniforme. E o cinema ainda tinha seu reinado com as produções da Atlântida, as populares chanchadas com estrelas de grande nome - Oscarito, Grande Otelo, Zé Trindade, Ankito, Eliana Macedo, Marion, Violeta Ferraz, Adelaide Chiozzo, Odete Lara, Eliana Macedo, Norma Bengel, Isaurinha Garcia, Dercy Gonçalves, as irmãs Dircinha e Linda Batista, Zezé Macedo, Neide Aparecida dentre outros nomes, e diretores eram principalmente Carlos Manga e Watson Macedo - dentre outras produções fora da Atlântida, haviam nomes como Victor Lima, Eurides Ramos, J.B. Tanko e Alex Viany em produtoras como a Cinedistri, Herbert Richers - o Cinema Novo surgia como um contraponto àquele luxo teatral-carnavalesco que eram os filmes sempre cheios de números musicais e diretores como Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha, Ruy Guerra (moçambicano) e Carlos Diegues dentre outros nomes, movidos pela linguagem da nouvelle vague e do neorrealismo italiano, muito em voga. Na música brasileira, enquanto as rádios destacavam-se por trazerem nomes imortalizantes como Francisco Alves, Dick Farney, Angela Maria, Emilinha Borba, Lúcio Alves, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Marlene, Orlando Silva dentre outros e as radionovelas, os programas de humor e até os jogos de futebol transmitidos nas ondas do aparelho de som com as ondas capitaneadas por Roberto Landell (Marconi só fez o resto do que o padre gaúcho desenvolveu). A partir do final dos anos 50, os boleros e as canções de dor-de-cotovelo e toda a sofência da época, os sambas de Carnaval ficavam meio redundantes e surgia um gênero com uma mistura perfeita de samba com jazz, com um tom mais aprimorado, soft e que conquistaria o mundo - a bossa nova, sim, essa mesma que lançou diversos nomes para o mundo.
Tom e João "juntos e shallow now" 35 anos após desenvolverem a
fórmula que rendeu a bossa nova, hoje um som universal.
Antes de falarmos da bossa nova, voltamos ao final dos anos 40, quando surgia um dos primeiros fã-clubes no país, o Sinatra Farney Fan Club - dedicado aos dois cantores em voga do momento, Frank Sinatra e Dick Farney, o último citado que, apesar de ser um nome em inglês, era brasileiro e se chamava Farnésio Dutra e Silva, e tinha emplacado canções como Tenderly, Marina e Copacabana - nesse fã-clube, havia diversos membros conhecidos futuramente, como Antonio Carlos Jobim, Paulo Moura, Maurício Einhorn, Durval Ferreira e frequentadores que participavam das jam sessions organizadas no porão onde sitiava-se o fã-clube: dentre eles um rapaz gordinho chamado José Eugênio Soares, que mais tarde se tornou um dos grandes nomes do humor e da televisão. Depois, surgiu na mesma época o Dick Haymes/Lúcio Alves Fan Club dedicados a dois cantores que tinham um timbre que fascinava um pessoal - Dick Haymes (1918-1980) era um intérprete americano renomado a nível de Sinatra e Bing Crosby, e o mineiro Lúcio Alves (1927-1993) vinha de uma carreira renomada dentro do grupo Namorados da Lua, onde ficou conhecido, e depois lança-se como artista solo - sua voz entrou para a história da música e vindo a ser um antecedente do que se tornou a bossa. Com o começo dos anos 1950, Alves se tornou uma das grandes influências para cantores, assim como Farney, que obteve um reconhecimento fora do País, teve diversas interpretações que o tornaram conhecidos - e influencia nomes como um jovem rapaz vindo da Bahia chamado João Gilberto do Prado Pereira de Oliveira - que chegou ao Rio para substituir Jonas Silva no conjunto Os Garotos da Lua, nada mal pra um baiano de Juazeiro que entraria para a história depois como um dos maiores responsáveis por ajudar a reinventar a música brasileira (e que nos deixou recentemente). Nos bares e danceterias do RJ, havia um novo cenário que se construía através de cantores, instrumentistas que fugiam do estilo comum entre os nomes do rádio - Antonio Carlos Jobim, um pianista na faixa dos 25 anos, já se mostrava um virtuoso e impressionante músico que construía melodias apaixonantes - ao mesmo tempo, era arranjador na gravadora Continental e achava bicos para poder botar comida dentro de casa, agora com um filho, Paulinho, e, anos depois, compôs com Billy Blanco a aclamada e épica Sinfonia do Rio de Janeiro, um dos primeiros grandes projetos dele na área musical onde juntou-se nomes como Dick Farney, Nora Ney, Emilinha, o conjunto Os Cariocas mais Lúcio e Dóris Monteiro como parte do coral. Elizeth Cardoso era uma das cantoras que fazia parte do coral que começou pequena, vinda de uma família artística - seu pai era seresteiro e a levava para o ver se apresentando, conviveu em diversos lugares envolvendo música, casas de samba, festivais. Quando criança, cobrava 10 tostões para ser ouvida cantando os sucessos Vicente Celestino - um dos grandes nomes da época. Já com dezesseis anos, a sua vida mudou após ter a sua primeira festa de aniversário e se mudaram para uma rua no Centro, e moraram de favor com uma tia e seu esposo, e na sua festa estiveram presentes músicos como Jacob do Bandolim, Pixinguinha e Dilermando Reis - nessa festa, pediram que ela cantasse, o que ela aceitou. Foi o próprio Jacob quem notou seu talento e convenceu-a  a fazer um teste na Rádio Guanabara, pois tinha uma voz perfeita sem muito estudo e técnica de profissional, ela iniciava uma longa e vitoriosa trajetória em definitivo. Se o sucesso fez bem pra ela, e sob os cuidados do pai e dos irmãos, ela só começou a namorar com dezesseis e foi com Leônidas da Silva (1913-2004), jogador de futebol e um dos primeiros ídolos nacionais da época, assim como Arthur Frienderich e Preguinho. A relação fez os pais da moça dividirem opiniões, mas, mesmo assim, apesar do pai ter pedido que ela deixasse a casa, saiu por conta própria e a relação ficou tensa após ela encontrar um pobre bebê deixado em um cesto, e ela registrou como sua filha sem pai, Tereza Carmela Moreira Cardoso sempre foi apenas a filha adotiva da Divina sem Leônidas. Depois, ela se juntou com Ari Valdez, comediante, músico e compositor, e se casaram no civil em 1939, e juntos tiveram o único filho do casal, Paulo César Cardoso Valdez - e permaneceram até o desquite em 1947. Trabalhou como taxista, levando pessoas que voltavam das noitadas sem condições para dirigir um automóvel, e já gravara diversos 78rpms - compactos simples de 78 rotações. E teve uma brilhante carreira de renome mundial ao longo dos anos até nos deixar em 7 de maio de 1990, com apenas 69 anos, mas sua voz segue sendo escutada e reverenciada até hoje.
A Divina entre amigos em uma loja promovendo o LP que marcaria um
novo rumo na MPB com o violão de um baiano, a maestria soberana e versos
de um poeta diplomático.
Tom Jobim já era um músico e arranjador conceituado nos anos 50 e trabalhando muito, iniciara com o poeta e diplomata Vinícius de Moraes uma das parcerias mais importantes da nossa música universal. Esqueçam por um instante Lennon e McCartney, Hall e Oates, Bono e The Edge, Roberto e Erasmo, Gardel e LePera, Elton John e Bernie Taupin e pensem no Maestro (Tom) e no Poetinha (Vinicius) - o encontro que deu origem a diversos clássicos da bossa nova conseguiu inovar de vez a música brasileira, e isso graças ao projeto de Vinicius, uma adaptação da peça teatral grega Orfeu para a linguagem carioca suburbana, e com isso, uma série de canções que foram criadas após o musical até 1962 e gravadas até hoje mundo afora, tanto que são considerados uma das maiores parcerias musicais de sempre. Com o ano de 1957, Jobim se dividia em trabalhos como arranjos para Silvia Telles - gravando o primeiro long-play dela, Carícia, e também desenvolvendo outras canções não só com o Poetinha - que se dividia entre os poemas e a diplomacia, Tom tinha como parceiros o pianista Newton Mendonça (1927-1960) e também Dolores Duran (1930-1959) e ainda envolveu-se nos arranjos e orquestração de uma versão musicada do livro O Pequeno Príncipe, a obra-prima literária infanto-juvenil de Antoine de Saint-Exupery com a narração do ator Paulo Autran (conhecido pelos seus trabalhos no teatro e pelo papel de Otávio, na telenovela Guerra dos Sexos, de 1983) e que seria lançado por um pequeno selo chamado Festa, idealizado por Irineu Garcia. Esse selo independente que era dedicado a promover álbuns de orquestra e de poesia, Augusto Frederico Schmidt e João Cabral de Mello Neto eram alguns desses nomes - e um álbum que originaria um gênero inovador estava para ser feito, e juntava um arranjador, um poeta, um baiano violonista, a Divina e um conjunto de 13 canções - inicialmente, Garcia sugeriu um disco de Vinicius (que era vice-cônsul do Itamaraty), mas ele sugeriu um de canções suas com a voz de alguém, inicialmente Dolores Duran, porém, ela cobrou um cachê alto e é aí que entra a Divina Elizeth. Àquela altura, o grande desafio foi Garcia pedir autorização da gravadora dela, a Copacabana, o que foi aceito com a condição de creditarem na capa do disco, e os ensaios para o repertório do álbum foram na lendária casa de Tom, à época, na casa de número 107 da Rua Nascimento Silva - como foi citado em Carta ao Tom 74 anos depois, no projeto de Vinícius com Toquinho. As gravações foram nos estúdios da Columbia, com os arranjos de Tom, João no violão, Copinha na flauta, Juquinha na bateria, Vidal no contrabaixo, Gaúcho e Maciel nos trombones juntamente de Herbert na trompa, Irany Pinto nos violinos e arregimentação de uma orquestra que contava com sete violinos, duas violas e dois cellos (os músicos da orquestra não foram identificados) e também um coro formado por João Gilberto mais Tom e um amigo do baiano, Walter Santos, um dos nomes semiobscuros da bossa nova - a mistura do nosso samba com o sofisticado jazz americano acabou nos presenteando essa joia da MPB. Com o nome de Canção do Amor Demais, aqui temos não somente um divisor de águas, mas também uma luz no fim do túnel, e o que foi feito após este disco acabou sendo diferente de tudo o que já havia sido feito. Começamos o álbum logo ouvindo uma das coisas mais lindas já feitas na MPB, logo a belíssima Chega de Saudade - que junto de um solo de trombone, surge com uma batida de violão que parecia ter algo muito similar a de um sambinha, a voz da Divina vem com tudo logo nos versos iniciais "Vai minha tristeza e diz pra ela que sem ela não pode ser..." com um belo coral (Jobim, João e Walter) ajudando ainda mais a abrilhantar essa versão; logo em seguida, ainda temos Serenata do Adeus, uma das brilhantes criações de Vinicius com um belo arranjo, e não fazendo feio, a suavidade transborda plenamente com a orquestra fazendo a sua parte, sob o comando do Antonio Brasileiro; a seguir, contamos com um tema de autoria do próprio Tom sem nenhum outro parceiro intitulada As Praias Desertas mostra uma narrativa de dois jovens apaixonados que são esperados pelas mesmas, e nada de versos muito tristes, embora as melodias soem profundas ao ouvirmos aqui esta outra bela música; ainda contamos no repertório com a presença de outra primorosa do cancioneiro Maestro & Poetinha, refiro-me a Caminho de Pedra, com uma ligação à vida rural com referências ao carro de boi e o eu-lírico demonstra ter um caminho no peito petrificado, um sentimento que demonstra não ser forte pelo amor de alguém, e isso é fácil de entender nas entrelinhas do verso; na sequência, ainda dando o ar da graça, é notável a composição das harmonias de cada instrumento que resultam-se na base para Luciana, a faixa mais curta do álbum (1 minuto e 35 segundos) mostra na letra alguém explicando para a personagem sobre o amor, com um toque bem de valsa e os metais dando o tom exato, e que passa rápido, mas deixa sua perfeição tanto poeticamente quanto musicalmente - e isso só Tom e Vinicius (mais Elizeth) pra fazerem isto; para a próxima música, uma dose melódica pura que complementasse a proposta oferecida e esta é logo Janelas Abertas, uma das mais belas canções do repertório e que mostra um belo piano aqui executado que não faz feio; abrindo o lado B deste disco, temos aqui outra belíssima joia da dupla, que é Eu Não Existo Sem Você, com uma suavidade das cordas e a Divina fazendo o seu papel de interpretar (com muito primor!) esta bela música; logo adiante, temos um samba mais balanceado, com um ritmo marcante e que mostra Outra Vez, somente de Jobim, com João fazendo o violão desta e mostra a sua batida incomparável ao violão que dá o toque ideal sem decepcionar; e, como assim no lado A, aqui no lado oposto do disco, temos também uma composição solo do Poetinha, e que traz um solo de violino meio despercebido na introdução de Medo de Amar, uma das suas melhores poesias convertidas em canção e que mantêm esse bucolismo que predomina os arranjos e que parece algo mágico ao ouvirmos; com um piano belíssimo que ouvimos na introdução e permanecendo ao longo da canção, a dupla presenteia Elizeth com uma outra masterpiece que dá o toque preciso, Estrada Branca traz versos ricos, bucólicos e com uma influência meio do realismo com o simbolismo (procurem sobre poesia brasileira) - e é um dos pontos altos do repertório; adiante, o disco nos proporciona ainda Vida Bela, carregando uma atmosfera bem diferenciada e parecendo soar melodicamente um baião (sem acordeon), mas deixando rolar perfeitamente aos nossos ouvidos; e sem perder o brilho, ainda temos aqui no álbum a melódica Modinha, que mostra uma tristeza do eu-lírico e que pede para uma triste canção sair do peito e semeie uma emoção que chorasse dentro do coração, uma das mais profundas do repertório; o final fica mesmo por conta da faixa-título que não tem muito a ver com bossa nova, mas com um quê de blues e cumpre à risca o papel de mostrar essa química poético-musical de Tom e Vinícius justamente em Canção do Amor Demais, onde a orquestra traz a base perfeita para Elizeth dar o tom perfeito e encerrando de vez esse belo disco clássico essencial para a história.
Na época de seu lançamento, não houve gigante repercussão, porém, atraiu um público que descobriu o tal trabalho da Divina na qual envolveu Tom, João e Vinícius e a Festa tinha esse estilo de marketing mais alternativo, sem muitas pretensões de fazerem uma quantia de prensagens para uma grande demanda - aliás, era um selo especializado em lançar discos de poesia e peças clássicas. Em pouco tempo, João estava gravando por uma grande gravadora (logo a Odeon) após outras tentativas, e com o auxílio de Jobim, seu compacto com a versão do mesmo para Chega de Saudade conquistaria o Brasil, jovens sedentos por coisa nova na música brasileira e se tornando a trilha sonora dos anos 50 e 60 e depois gravando um álbum com o nome desta. No decorrer dos anos, Tom e João se consagraram como artistas brasileiros de renome mundial - infelizmente, todos os personagens envolvidos neste registro antológico já não estão mais vivos - Irineu Garcia passou o catálogo da Festa para a Phonogram nos anos 70 (o que explica as reedições do LP pelo mundo afora com diversos nomes, dentre eles, Chega de Saudade) após 10 anos com o selo, e as fitas se perderam um tempo depois da morte de Garcia, em abril de 1984 - e reencontradas 12 anos depois. Em julho de 1980, quem se despedia da gente era o Poetinha, que seguiu como diplomata até um pedido de demissão do então presidente Costa e Silva em 1968, pôde ter mais tempo para compor e fazer alguns shows - e beber, uma das coisas que sempre fez. Dez anos depois de Vinicius e seis anos de Irineu, calava-se para sempre a voz da nossa Divina Elizeth, aos 69 anos. Em um 8 de dezembro daquele 1994, após um tratamento contra um câncer que descobrira meses antes de concluir seu último álbum, o Maestro não acordou mais e foi tocar com velhos amigos. E foi em um 6 de julho deste 2019 que um João Gilberto partiu para rever essa gente lá no infinito, fazer um som e reencontrar boa parte da turma da bossa nova que já não está mais também entre nós - Nara Leão, Ronaldo Bôscoli, Luiz Eça, Dorival Caymmi, Wilson Simonal, Tião Neto, Milton Banana, Durval Ferreira enquanto Roberto Menescal, Carlos Lyra, Wanda Sá, João Donato seguem vivos aqui honrando o legado. O disco merece todas as honras dignas de estarem em listas importantes dos melhores álbuns da música popular brasileira, e a Rolling Stone elegeu na lista dos 100 mais em 2007 como o 59º melhor álbum, e no texto sobre este, destaca-se a presença do violão de João - que, segundo Antônio do Amaral Rocha, "ele dá o norte do que seria a execução do violão moderno no Brasil" e João mostrou o caminho com sua batida, realmente.
Set do disco:
1 - Chega de Saudade (Antonio Carlos Jobim/Vinicius de Moraes)
2 - Serenata do Adeus (Vinicius de Moraes)
3 - As Praias Desertas (Antonio Carlos Jobim)
4 - Caminho de Pedra (Antonio Carlos Jobim/Vinicius de Moraes)
5 - Luciana (Antonio Carlos Jobim/Vinicius de Moraes)
6 - Janelas Abertas (Antonio Carlos Jobim/Vinicius de Moraes)
7 - Eu Não Existo Sem Você (Antonio Carlos Jobim/Vinicius de Moraes)
8 - Outra Vez (Antonio Carlos Jobim)
9 - Medo de Amar (Vinicius de Moraes)
10 - Estrada Branca (Antonio Carlos Jobim/Vinicius de Moraes)
11 - Vida Bela (Antonio Carlos Jobim/Vinicius de Moraes)
12 - Modinha (Antonio Carlos Jobim/Vinicius de Moraes)
13 - Canção do Amor Demais (Antonio Carlos Jobim/Vinicius de Moraes)

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